Brasil, 1 de julho de 2025
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PL deve escalar Rogério Marinho para a CPI do INSS

Partido quer controlar a narrativa sobre fraudes em aposentadorias e fortalece sua equipe com parlamentares influentes.

O Partido Liberal (PL) planeja escalar o senador Rogério Marinho (RN), atual secretário-geral do partido, como membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS. A decisão foi confirmada pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ). Marinho disputa a vaga com o senador Izalci Lucas (DF), líder da oposição no Congresso. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, também buscará integrar a CPI do Crime Organizado, onde sua atuação é vista como mais estratégica.

A importância de Rogério Marinho na CPI do INSS

Rogério Marinho é visto como um dos principais articuladores do PL, tendo um perfil considerado moderado e sendo bem visto tanto por Jair Bolsonaro quanto pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. A presença de Marinho na CPI do INSS é fundamental, uma vez que ele pode contribuir para o controle da narrativa política sobre o tema, especialmente em um momento delicado para o governo Lula.

O PL está enfrentando disputas acirradas por vagas na CPI, tanto no Senado quanto na Câmara. A relatoria ficará sob a responsabilidade de um deputado do Centrão, uma estratégia que o partido tem considerado como desfavorável, dado que tal deputado pode não impulsionar um relatório que culpe ou implique o governo de maneira substancial. A tentativa do PL é escalar deputados com um número elevado de seguidores nas redes sociais, o que pode ajudar a desgastar o governo por meio da disseminação de cortes de vídeos e outras ações midiáticas.

Estratégia do PL para desgastar o governo Lula

A estratégia do PL é clara: controlar a narrativa sobre as fraudes relacionadas ao INSS e, assim, desgastar a imagem do governo Lula. Segundo Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, a CPI precisa chamar a atenção para as irregularidades para não “nascer morta”. Para isso, é essencial ter uma bancada que possa atrair e engajar a opinião pública através das redes sociais.

Com seis vagas disponíveis na CPI, das quais três são titulares e três suplentes, o PL terá que considerar diversos fatores para a escolha dos membros. A lógica adotada será a de elevar o alcance midiático, dado que os parlamentares poderão compartilhar momentos importantes do trabalho na CPI, ampliando a visibilidade dos fatos abordados e potencialmente impactando a opinião pública.

O papel das redes sociais na política brasileira

As redes sociais têm se mostrado uma poderosa ferramenta para os parlamentares, como evidencia a presença de Nikolas Ferreira (MG), que possui cerca de 18 milhões de seguidores e é considerado o mais ‘midiático’ da bancada do PL. Outros deputados, como Bia Kicis (DF), Marco Feliciano (SP) e André Fernandes (CE), também comunicam com púbicos bastante específicos que podem ser mobilizados em grandes quantidades.

Recentemente, Nikolas Ferreira conseguiu provocar uma crise no governo ao criticar as novas regras da Receita Federal sobre o monitoramento de transações, levando o presidente Lula a reverter a normativa. O impacto e a capacidade de mobilização que essa ação gerou foram tensos, considerando que o vídeo alcançou mais de 100 milhões de visualizações.

Desafios na composição da CPI

Apesar dos esforços para escalar deputados com grande alcance, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou que pretende indicar um relator com um perfil considerado mais “equilibrado”. Para contornar essa situação, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, está considerando uma série de estratégias, incluindo a possibilidade de realizar sorteios ou buscar a nomeação dos deputados com maior alcance. Isso é visto como essencial para garantir que a CPI funcione de maneira eficaz e visível.

Dentro desse contexto, o PL verá dois de suas cinco vagas na Câmara destinadas aos autores do requerimento da CPI, Coronel Fernanda (MT) e Coronel Chrisóstomo (AM), aumentando ainda mais a competição entre os parlamentares por um espaço no colegiado.

Num ambiente político onde o controle da narrativa é crucial, a forma como a CPI será formatada e os parlamentares escolhidos podem influenciar significativamente a percepção pública sobre as ações do governo e suas consequências. O PL, assim, busca não apenas participar da investigação, mas moldar o discurso ao seu favor, em um cenário onde a comunicação e a imagem são cada vez mais relevantes na política brasileira.

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