Brasil, 1 de julho de 2025
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Pinhão ganha espaço no mercado internacional e potencial econômico cresce

Com produção crescente e interesse internacional, o pinhão se consolida como oportunidade na cadeia produtiva e ambiental

O pinhão, tradicionalmente consumido na região Sul do Brasil durante o outono e inverno, vem conquistando novos mercados no país e no exterior. Com produção nacional estimada em cerca de 13,5 mil toneladas anuais, concentrada em estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o alimento desperta interesse de pesquisadores, empreendedores e consumidores pelo seu valor nutricional, potencial econômico e funções ambientais.

Pós-campo e exportações fortalecem o mercado do pinhão

Na Serra da Mantiqueira, especialmente em Campos do Jordão (SP), produtores têm ampliado a produção e já exportaram 12 toneladas de pinhão em 2024, o dobro do volume do ano anterior, de acordo com Carlos Jobson de Sá Filho, presidente da Associação dos Empreendedores Formais e Informais de Campos do Jordão (Avepi). Os animais, às vezes, incluem pinhões nas suas dietas, e a comercialização local atinge cerca de 300 latas de 10 quilos por safra, vendidas a R$ 15 o quilo.

Valorização e industrialização do pinhão impulsionam setor

A cadeia produtiva do pinhão, que já movimenta aproximadamente 500 toneladas por ano na região, começa a se remodelar com novas formas de processamento. Empresas, como a fundada por Suzana Reis em 2018, beneficiam cerca de 6 toneladas anuais que se transformam em conserva, farinha e pinhão cozido e congelado, com planos de ampliar essa escala em 2026. Segundo Sá Filho, iniciativas de beneficiamento e industrialização agregam valor ao produto e criam novas oportunidades de negócio.

Iniciativas de pesquisa e cultivo sustentável fortalecem o setor

A parceria entre a Embrapa e entidades locais resulta em projetos de capacitação e cultivo sustentável. Pesquisa com mudas enxertadas de araucária, plantadas em Campos do Jordão e no Sul do Brasil, busca acelerar a produção, já que as árvores começam a gerar pinhão a partir do quarto ano — ao contrário das nativas, que levam de 12 a 15 anos para frutificar. Além disso, a pesquisa desenvolve novas variedades e formas de cultivo para potencializar a produtividade e resistência das árvores.

Sinalização de crescimento no mercado externo e perspectivas futuras

O valor do pinhão na exportação chega a R$ 12 o quilo, enquanto no mercado interno os produtores recebem entre R$ 4 e R$ 5. Essa diferença mostra o potencial de crescimento na inserção internacional, impulsionada pela diversificação de produtos e pelo aumento da demanda. Pesquisadores e empresários esperam que esse cenário se solidifique, ampliando a capacidade de produção e atraindo novos investidores, o que deve fortalecer ainda mais a cadeia do pinhão no Brasil.

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