Brasil, 1 de julho de 2025
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Movimento Frente Povo Sem Medo intensifica críticas ao Congresso

Após derrotas no Congresso, grupo de esquerda denuncia falta de apoio popular e critica super-salários de parlamentares.

O movimento social Frente Povo Sem Medo tem se mostrado cada vez mais vocal em suas críticas ao Congresso Nacional, especialmente após os recentes reveses enfrentados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A situação se agravou na semana passada, quando decreto pretendendo aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi derrubado tanto na Câmara quanto no Senado, provocando a indignação do grupo que defende pautas progressistas.

Imagens impactantes e mobilização nas redes sociais

A força da Frente Povo Sem Medo se destaca não apenas em suas mobilizações nas ruas, mas também nas redes sociais. Recentemente, o grupo publicou imagens incendiárias das casas legislativas, acompanhadas pela hashtag #congressoinimigodopovo. Uma das postagens provocativas deixou claro o tom do movimento: “A falsa preocupação do Congresso e do centrão com o corte de gastos não é sobre responsabilidade fiscal e sim sobre o brasileiro continuar a pagar a farra dos super-salários, para aumentar o número de deputados e defender interesses da elite”.

Com aproximadamente 20 mil seguidores no Instagram, o grupo usa também o perfil na rede X para disseminar mensagens de indignação e protesto, criando engajamento em torno da hashtag #CongressoDaMamata, que se tornou um dos tópicos mais comentados da plataforma. O apelo popular e o tom alarmante das postagens têm atraído a atenção de diferentes segmentos da sociedade.

Grupo como braço de mobilização da esquerda

Fundado em 2015, o movimento é considerado um importante braço de mobilização da esquerda brasileira, sendo responsável por organizar inúmeras manifestações. Entre as suas ações emblemáticas, destaca-se a resistência ao pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, além da polêmica ocupação do tríplex no Guarujá, um dos alvos das investigações da Operação Lava-Jato.

Mais recentemente, durante a pandemia de Covid-19, o movimento protagonizou atos que interromperam o fluxo de tráfego em importantes avenidas de São Paulo, como a Marginal Tietê. Nessas manifestações, os gritos de “Fora Bolsonaro” se tornaram comuns, evidenciando a insatisfação com o governo anterior e suas políticas econômicas.

Reação e contrataques dos partidos

Diante de tamanha agitação, a resposta de setores políticos não tardou a chegar. Ciro Nogueira, senador e presidente do Progressistas (PP), usou a rede X para rebater as críticas da Frente Povo Sem Medo, afirmando que “um governo fraco, sem apoio popular, que quebra as finanças públicas, é o único inimigo do povo”. O senador argumentou que a incapacidade do governo em convencer o Congresso a aumentar impostos leva o Executivo a atacar aqueles que buscam não prejudicar a população com mais taxas.

A sigla de Nogueira também se posicionou de forma crítica em um vídeo publicado nas redes, onde argumentou que “o povo não aguenta mais carregar o peso de 40 ministérios” e o “aumento das despesas”. A mensagem se mostrou uma paródia à campanha do PT, que defende a “taxação BBB” (bilionários, bancos e bets), visando à arrecadação para isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5 mil.

Esse embate entre um dos movimentos sociais mais ativos da esquerda e representantes do Congresso revela um cenário político tenso, onde a disputa por narratives e a preocupação com a imagem pública predominam. O movimento Frente Povo Sem Medo, ao que tudo indica, não pretende recuar na sua luta, buscando amplificar sua mensagem e engajamento entre os jovens e as classes populares que se sentem esquecidas nas decisões políticas atuais.

Conforme a situação avança, o desdobramento desse conflito entre o governo e o Congresso pode trazer novas mobilizações, assim como evidenciar a reação da população diante de um cenário econômico desafiador e da governabilidade atual. Enquanto isso, a Frente Povo Sem Medo promete continuar sua luta contra o que consideram abusos e interesses elitistas dentro do Congresso Nacional.

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