Brasil, 1 de julho de 2025
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Lula lança Plano Safra 2025/2026 com R$ 516 bilhões para o agro

Governo anuncia recursos recordes no Plano Safra 2025/2026, reforçando apoio ao setor agropecuário e enfrentando tensões políticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta terça-feira (1º) do lançamento do Plano Safra da Agricultura Empresarial 2025/2026, no Palácio do Planalto. Com um orçamento de R$ 516,2 bilhões, o programa visa impulsionar o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro, representando um aumento de cerca de 1,5% em relação ao ciclo anterior, descontada a inflação.

Recursos e novidades do Plano Safra 2025/2026

Segundo o governo, o valor anunciado equivale a um incremento de aproximadamente R$ 8 bilhões sobre o ciclo anterior, embora, considerando a inflação, o montante de R$ 508,59 bilhões do ciclo anterior, corrigido, seja 4% maior que o deste ano. O novo plano mantém recursos destinados às Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e às Cédulas do Produto Rural (CPR).

Implementação de recomendações do Zarc

Uma das principais novidades é a obrigatoriedade do cumprimento das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para concessão de crédito de custeio agrícola. Até então, essa exigência valia apenas para operações de até R$ 200 mil, exclusivas para agricultores familiares com enquadramento no Proagro, mas agora será estendida a todas as operações de crédito para o setor.

Participação e críticos do lançamento

O lançamento contou com a presença do presidente Lula, acompanhado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Outros ministros relevantes, como Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente) e Waldez Gós (Desenvolvimento Regional), também participaram.

Durante seu pronunciamento, Carlos Fávaro destacou as dificuldades da construção do programa e criticou a elevação da taxa Selic pelo Banco Central, mencionando o presidente da instituição, Gabriel Galípolo. “Com uma Selic de 15% ao ano, é difícil entender essa política monetária, mesmo com a inflação sob controle”, afirmou.

Recebimento do setor agropecuário e tensões políticas

O governo busca se reaproximar do setor agropecuário, considerado aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e alvo de várias crises recentes. No entanto, a bancada do agronegócio afirmou, inicialmente, não ter sido convidada para o evento, informação negada pela Secretaria de Comunicação (Secom). Após a controvérsia, os parlamentares alegaram ter recebido convite, mas decidiram não comparecer na parte da manhã, prometendo uma coletiva online na tarde para discutir o conteúdo do Plano Safra.

Também na tarde desta segunda-feira, Lula anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, com recursos de R$ 89 bilhões, em um momento carregado de tensões políticas e debates na esfera do Legislativo, incluindo a judicialização de decretos que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A ação do governo no Supremo Tribunal Federal (STF) reforça o embate com o Legislativo, que já sinalizou dificuldades na aprovação das propostas.

Segundo o presidente da Câmara, Hugo Mota, a sinalização é de que as propostas terão dificuldades para serem aprovadas na Casa Legislativa, indicando um cenário de conflito político em torno do tema agrícola.

O Plano Safra 2025/2026 representa uma estratégia do governo Lula de reforçar seu compromisso com o setor agropecuário, enfrentando desafios econômicos e políticos ao mesmo tempo em que busca manter o Brasil como líder na produção agrícola mundial.

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