Brasil, 1 de julho de 2025
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Lula defende Haddad e critica cobrança por responsabilidade fiscal

Durante evento no Planalto, Lula exaltou a seriedade de seu ministro da Fazenda e criticou gestões anteriores sobre a responsabilidade fiscal.

Em um cenário de tensões crescentes com o Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou seu apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. Lula elogiou publicamente a “seriedade” e competência de seu auxiliar, destacando a importância do trabalho do ministro em tempos de crise.

A defesa de Haddad

Em sua fala, Lula enfatizou: “Queria que vocês soubessem o seguinte: poucos países do mundo têm um ministro da Fazenda com a seriedade que o Haddad tem. Poucos países no mundo. Esse país teve poucos.” Essas declarações foram feitas diante de uma plateia de empresários, evidenciando a confiança do presidente em sua equipe econômica.

Além de defender Haddad, Lula também aproveitou a oportunidade para criticar seu antecessor Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele mencionou a postura “desaforada” de Guedes em conduzir políticas públicas, sugerindo que a falta de diálogo e apoio foram características marcantes de seu governo. “O Guedes nunca pediu favor para ninguém. Ele sentava numa feira de forma desaforada, ditava regras e fazia, fazia, fazia”, disparou Lula, refletindo sobre as práticas que, em sua visão, não foram benéficas ao país.

Críticas à responsabilidade fiscal

O presidente também manifestou sua insatisfação com a cobrança pela responsabilidade fiscal em seu governo, argumentando que essa pressão não foi aplicada nas administrações passadas. “Por que ninguém cobrava estabilidade fiscal no governo passado? Por que ninguém cobrava o teto de gastos? Que foi possivelmente o momento mais irresponsável desse país?”, questionou.

Durante o evento, realizado no lançamento do Plano Safra 2025/2026, Lula anunciou uma verba de R$ 516,2 bilhões para o financiamento do setor agropecuário, o que evidencia seu compromisso com o crescimento da economia e desenvolvimento rural. Lula aproveitou para defender sua política de ajustes tributários, afirmando que o objetivo da administração é garantir uma “tributação mais justa e correta”.

Justiça tributária como objetivo

O ex-presidente enfatizou que a carga tributária atual, em termos percentuais, se apresenta como menor em relação a anos anteriores. “Se vocês forem sinceros com a consciência de vocês, vocês vão perceber que a carga tributária desse governo hoje, percentualmente, é menor do que era em 2011”, destacou, defendendo suas propostas como um caminho para a justiça social.

Lula durante discurso no Planalto, defendendo Fernando Haddad e criticando a gestão anterior.

Expectativas para o futuro

Com as críticas à gestão anterior e a defesa do seu ministério, Lula parece querer reforçar a ideia de que sua administração é pautada pela seriedade e responsabilidade. Contudo, as cobranças e descontentamentos exibidos durante o evento indicam que sua equipe ainda enfrenta desafios significativos, tanto no campo econômico quanto nas relações políticas.

O presidente concluiu sua fala trazendo um ensinamento pessoal, mencionando a importância da honestidade: “Uma coisa que aprendi com a minha mãe: a gente paga muito o preço por ser honesto. Muitas vezes as pessoas são induzidas a serem desonestas porque tem menos problema.” A declaração ressoou como um apelo à mantida ética nas práticas de governança.

O caminho à frente ainda parece repleto de desafios, mas Lula demonstra estar determinado a garantir que sua administração priorize a seriedade e a responsabilidade na gestão do país.

Em um momento onde a política brasileira passa por profundas transformações, as palavras de Lula refletem um anseio por um diálogo mais aberto e por um compromisso com a ética e a justiça fiscal, características essenciais para um Brasil melhor. A expectativa é que, com o suporte de Haddad e da equipe econômica, o governo possa encontrar soluções para os problemas que afligem a população e fomentar um crescimento sustentado.

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