Brasil, 1 de julho de 2025
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Lula brinca sobre ausência do Corinthians no Mundial de Clubes

Durante evento no Planalto, presidente Lula fez uma piada sobre o Corinthians e lançou novo Plano Safra para a Agricultura Empresarial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração bem-humorada nesta terça-feira (1º) em um evento realizado no Palácio do Planalto, onde mencionou a ausência do Corinthians no Mundial de Clubes da Fifa. Em tom descontraído, Lula revelou ter sugerido ao presidente da entidade a criação de um torneio intitulado “Esqueceram de mim”, no qual o time paulista, pelo qual ele torce, teria participação garantida.

Uma piada sobre clima e futebol

Em sua fala, Lula comentou sobre a Copa do Mundo de Clubes realizada nos Estados Unidos, ressaltando a interrupção de uma partida devido ao calor extremo. “Quem não acreditava na questão climática, deve ter acompanhado a Copa”, disse. Ele lamentou que clubes renomados como o Corinthians, Santos e São Paulo não tenham participado da competição. Essa abordagem leve fez ecoar críticas mais sérias sobre as mudanças climáticas e seu impacto no futebol.

Lançamento do novo Plano Safra da Agricultura Empresarial

O evento também foi marcado pelo lançamento do Plano Safra da Agricultura Empresarial 2025/2026, que prevê um investimento de R$ 516,2 bilhões no agronegócio. De acordo com o governo, esse montante representa um aumento nominal de R$ 8 bilhões (ou 1,5%) em comparação ao ciclo anterior. Porém, quando ajustado pela inflação, o valor é 4% inferior ao do ano passado, conforme cálculos feitos com base na ferramenta do Banco Central.

Uma das principais inovações deste novo plano é a exigência do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a concessão de crédito de custeio, que antes se aplicava apenas a operações de pequena escala, contratadas por agricultores familiares. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enfatizou que esta mudança é crucial para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar.

Cenário político e consequências econômicas

O evento contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e outras autoridades, incluindo ministros da Fazenda, Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Durante a cerimônia, Fávaro criticou a elevada taxa Selic, que está em 15% ao ano. Ele expressou sua incompreensão em relação à situação econômica atual, destacando que a inflação é controlada e o desemprego tem diminuído.

O ministro Fernando Haddad, por sua vez, citou os esforços do governo para reduzir os preços dos alimentos, mas reconheceu que desafios externos atrapalham esse objetivo. Essa tensão econômica é exacerbada pelas recentes decisões políticas que impactam a confiança do setor agropecuário.

A tensão com o Congresso e a ausência da FPA

O lançamento do Plano Safra ocorreu em um contexto de tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso, especialmente após a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciar a judicialização da decisão que derrubou decretos elevando o IOF. Isso gerou um clima de esvaziamento por parte dos parlamentares, que não compareceram em maior número ao evento.

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), que inicialmente alegou não ter sido convidada, acabou por reconhecer o convite posteriormente, mas optou por não comparecer. Eles devem realizar uma coletiva para discutir o plano e abordar suas preocupações a respeito do novo regime de financiamentos para o agronegócio.

O futuro do agronegócio brasileiro

Coordenado pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o novo Plano Safra oferece crédito subsidiado, incentivos e políticas públicas para todos os tipos de produtores, abrangendo desde custeio até a compra de máquinas e práticas sustentáveis. Além disso, na véspera do evento, Lula havia lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, que disponibilizará R$ 89 bilhões em recursos para apoiar este segmento fundamental para a economia brasileira.

O relacionamento entre o governo e o agronegócio será essencial para garantir que as metas do plano sejam atingidas, especialmente em um cenário econômico incerto e em meio a preocupações ambientais crescentes. A torcida agora é para que os resultados sejam positivos e que as piadas não se traduzam em um reflexo da realidade de quem depende do agronegócio para sobreviver.

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