Brasil, 1 de julho de 2025
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lançamento do plano safra 2025/2026 é marcado por críticas e ausências

O lançamento do Plano Safra 2025/2026 pelo presidente Lula ocorre em meio a críticas da bancada agropecuária e revelações de distanciamento.

Na tarde desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou oficialmente no Palácio do Planalto o Plano Safra 2025/2026, um programa voltado à agricultura empresarial,. O evento, no entanto, ocorre sob uma nuvem de críticas da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que decidiu não comparecer à cerimônia, evidenciando um distanciamento cada vez maior entre o governo e o setor agropecuário.

ausência da bancada agropecuária e seus impactos

A bancada do agro, composta por 353 parlamentares, expressou descontentamento em relação ao convite que, segundo eles, foi enviado tardiamente. O convite, recebido apenas na noite de segunda-feira, às 18h25, fez com que os representantes se sentissem desconsiderados. O deputado Pedro Lupion (PP-PR), que preside a FPA, está em agenda em seu estado e não pôde comparecer ao evento. Complicando ainda mais a situação, muitos parlamentares estão participando do 13º Fórum Jurídico de Lisboa, o que diminuiu a presença deles em Brasília nesta semana.

A assessoria da Presidência explicou que os parlamentares do agronegócio foram, de fato, convidados para o evento, no entanto, a falta de representantes destacados no lançamento reflete um descontentamento mais profundo com a atual administração, que é vista como sendo menos amigável ao ramo do que a de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

o conteúdo do plano safra 2025/2026

O novo plano anunciou um total de R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial, o que representa um aumento de 1,5% em relação ao ciclo anterior. Este valor, no entanto, é considerado abaixo das expectativas de algumas lideranças do agronegócio, que esperavam um montante maior para investimentos no setor. Este é o segundo dia de anúncios do Plano Safra; no dia anterior, o governo havia disponibilizado R$ 89 bilhões para a agricultura familiar.

consequências do distanciamento entre governo e agronegócio

A ausência da FPA na cerimônia de lançamento do Plano Safra pode significar um refluxo nas relações entre o governo de Lula e o agronegócio, que tem uma história de apoio forte a Bolsonaro. Para muitos deputados da bancada, a presença deles no lançamento era uma oportunidade importante para reforçar o alinhamento com as políticas governamentais. No entanto, o convite tardio e a falta de diálogo prévio deixaram muitos sentindo-se à margem do processo decisório.

Além disso, a FPA já convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta terça-feira onde críticas ao plano devem ser apresentadas. Isso mostra que o relacionamento conflituoso pode render frutos ao governo, que agora enfrentará uma oposição mais ativa na defesa dos interesses do agronegócio.

perspectivas futuras para a agricultura brasileira

Com a previsão de novos investimentos e o lançamento do Plano Safra, o governo gostaria de apresentar uma imagem de parceria com o setor. No entanto, essa visão é contestada por muitos que argumentam que a falta de comunicação e a criticidade da bancada agropecuária indicam que há um longo caminho a percorrer para um real alinhamento entre os setores.

Os próximos dias serão decisivos para entender como essa relação irá se desenrolar. O governo terá que trabalhar para reconquistar a confiança do agronegócio e garantir que as políticas propostas no novo plano realmente atendam às necessidades do setor, considerando que aumentos modestos em comparação ao passado podem não ser suficientes para satisfazer um segmento tão vital para a economia brasileira.

Com as vozes da FPA se levantando contra as decisões do governo, a administração de Lula terá que ter cautela ao navegar por um processo que historicamente sempre foi um baluarte nas relações políticas do Brasil, especialmente em tempos de crise e de descontentamento.

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