Brasil, 2 de julho de 2025
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Idosa enfrenta dificuldades para voltar ao Brasil após internação nos EUA

Família gasta R$ 60 mil para trazer idosa de volta após UTI nos EUA

No coração da Flórida, uma família brasileira enfrentou um pesadelo em meio a uma viagem que deveria ser tranquila. Maria José Buratto Bordin, de 82 anos, passou 13 dias nos Estados Unidos sem conseguir voltar ao Brasil após ser internada em UTI devido a complicações de saúde. O caso, que expõe a falta de respostas das companhias aéreas em situações emergenciais, lança um alerta sobre os direitos dos passageiros e a importância do suporte adequado ao viajar.

Uma jornada de dificuldades e altos custos

Maria José viajou com sua família para Orlando no dia 27 de maio, com retorno previsto para 10 de junho. No entanto, durante a estadia, a idosa foi acometida por pneumonia dupla e problemas cardíacos, resultando em sua internação na unidade de terapia intensiva (UTI). Inicialmente, a família utilizou um seguro de viagem para cobrir os altos custos médicos, que ultrapassaram US$ 100 mil, equivalente a cerca de R$ 550 mil.

A situação se agravou quando a família tentou retornar ao Brasil. A paciente necessitava de um aparelho de concentração de oxigênio portátil, permitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas a Latam, companhia com a qual tinham passagem, não autorizou o uso do equipamento. Tatiana Buratto, filha de Maria, desabafa: “Tentei contato com a Latam por mais de 10 dias, e quando consegui, não havia respostas satisfatórias.”

Busca por soluções judiciais

Após dias de insucesso nas tentativas de comunicação com a Latam, a família decidiu buscar a ajuda da justiça. Em 23 de junho, o juiz Carlos Eduardo Mendes, da 8ª Vara Cível de Campinas, concedeu uma liminar que obrigava a Latam a realizar a remarcação da passagem aérea, garantindo o uso do concentrador de oxigênio, considerando a urgência da situação. A multa diária por descumprimento foi fixada em R$ 1 mil.

Porém, mesmo com a decisão judicial, a Latam ignorou a ordem e continuou a não fornecer assistência à família. “Fomos informados de que eles só responderiam ao juiz, mesmo tendo apenas solicitado os bilhetes para voltar ao Brasil,” lamenta Tatiana.

A solução inesperada

Desesperadas e com a saúde de Maria José em risco, a família recorreu a uma agência de viagem, que conseguiu emitir passagens com a American Airlines. A passagem, embora custosa e demorada, representou a única maneira de trazer a idosa de volta a Campinas, onde continua seu tratamento.

A história de Maria José ressalta a necessidade de um suporte mais robusto das companhias aéreas, principalmente em situações onde a saúde dos passageiros está em risco. Esta não é uma ocorrência isolada; muitas famílias têm enfrentado esse tipo de dificuldade, evidenciando a necessidade de mudanças nas políticas de atendimento e resposta das companhias aéreas. Especialistas em defesa do consumidor recomendam que passageiros conheçam seus direitos e utilizem os canais disponíveis para formalizar reclamações.

Reflexão sobre os direitos do consumidor

Ao enfrentarem tais desafios, muitos consumidores acabam buscando ajuda legal para garantir seus direitos. É essencial que as companhias aéreas sejam mais transparentes e responsivas às necessidades de passageiros com condições de saúde especiais. Uma comunicação adequada e ágil pode evitar não apenas gastos excessivos, mas também preservar a saúde e o bem-estar dos viajantes.

O que aconteceu com Maria José e sua família serve como um lembrete importante de que, por trás dos procedimentos e políticas das companhias aéreas, existem vidas humanas, com histórias e desafios próprios. É necessário que essas empresas tenham empatia e capacidade de resposta em situações de emergência.

Tais incidentes demandam um olhar atento sobre a regulamentação e o tratamento de passageiros que necessitam de cuidados especiais, a fim de evitar que outros enfrentem experiências tão traumáticas e dispendiosas.

Ao final da sua difícil jornada, Maria José finalmente retornou ao Brasil, mas não sem um custo emocional e financeiro significativo. Agora, a família busca seguir em frente, com a esperança de que sua história traga à luz a necessidade urgente de mudanças nas práticas das companhias aéreas.

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