O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1º/7) que o mercado internacional tende a ficar cada vez mais protecionista. A declaração foi feita durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, no qual destacou a importância de medidas para garantir a competitividade do Brasil no cenário global.
Protecionismo internacional e estratégias brasileiras
Segundo Haddad, o aumento do protecionismo no comércio mundial exige que o Brasil adote ações de defesa e fortalecimento de sua economia. “A disputa tende a ser mais acirrada no mercado internacional, que hoje está muito protecionista e tende a ficar mais protecionista. Nós temos de nos proteger”, afirmou o ministro.
Para enfrentar esse cenário, o ministro destacou o Plano Safra, investimentos no campo e a reforma tributária como principais instrumentos de impulso à competitividade dos produtos brasileiros. “Precisamos proteger nossa produção e fortalecer nossas cadeias produtivas”, ressaltou Haddad.
Reforma tributária como impulsionadora do setor agrícola
Haddad destacou a reforma tributária como um dos maiores avanços para o setor agrícola e a agroindústria do país, com início da transição para o novo modelo de tributação sobre o consumo previsto para 2026, que começará com um período de testes.
Críticas e defesa da equipe econômica
Durante o discurso, o ministro também rebateu críticas sobre a atuação da equipe econômica do governo. Ele afirmou ter recebido comentários de que, por a economia estar indo bem, “isso pode complicar para o nosso lado”.
“De que lado estamos falando? Do lado do Brasil? São patriotas que estão pensando assim? Como a economia está bem, o Brasil está indo mal? Temos de colocar o pé no chão e falar de país grande, falar de política pública, falar de projeto de nação”, criticou Haddad. Ele também pediu para que se abandone “brigas ideológicas” e fake news, principalmente em relação ao Plano Safra.
Plano Safra 2025/2026 e recursos destinados
O governo federal lançou as duas modalidades do Plano Safra para o biênio 2025/2026. A linha de crédito voltada à agricultura empresarial soma R$ 516,2 bilhões, sendo R$ 414,7 bilhões destinados ao custeio e comercialização, e R$ 101,5 bilhões a investimentos.
Para a agricultura familiar, o valor total alcança R$ 89 bilhões, incluindo recursos para crédito rural, compras públicas, seguro agrícola e garantia de preço mínimo. “Esses recursos são essenciais para sustentar o desenvolvimento do setor e enfrentar as pressões do mercado internacional”, destacou Haddad.
Perspectivas para o setor agrícola brasileiro
O ministro reforçou que as ações atuais visam garantir a competitividade do Brasil frente ao aumento do protecionismo externo. “Nossos esforços são para que o país continue sendo uma potência agrícola, com uma economia sólida e preparada para os desafios globais”, concluiu Haddad.
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