O desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), iniciado no começo deste ano, ameaça reverter avanços em saúde, alimentação e educação em países de baixa e média renda. Especialistas alertam que essa medida pode resultar na morte de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Impacto global do fim da USAID na saúde e na vida
Desde suas origens, em 1961, a USAID desempenhou papel crucial na contenção de doenças, no fortalecimento da segurança alimentar e no fomento à democracia em regiões vulneráveis. O encerramento de suas operações, que atualmente atingiam cerca de 80 países, pode deixar milhões de pessoas sem acesso a serviços essenciais de saúde e água potável, segundo estudos recentes.
De acordo com uma análise conduzida por organizações internacionais, a ausência de apoio da USAID pode aumentar significativamente as taxas de mortalidade por doenças evitáveis, como malária, tuberculose e HIV/AIDS. Especialistas projetam que, sem a assistência devida, o número de mortes relacionadas à longevidade e condições básicas de saúde pode subir em milhões ao longo dos próximos anos.
Consequências para setores essenciais
Além da saúde, o impacto do fechamento da agência se estende ao combate à fome, ao saneamento básico e à educação. Trabalhadores de ONGs e governos locais alertam que a perda de financiamento e expertise dificultará esforços já em andamento para erradicar doenças, melhorar a nutrição infantil e promover o desenvolvimento sustentável.
Estudos e projeções alarmantes
Segundo estudos de instituições como o Instituto de Avaliação de Políticas Globais, a extinção da USAID pode levar a uma redução na cobertura de programas de saúde em até 60%, o que, por sua vez, pode causar o aumento de fatalidades entre os mais vulneráveis. “O risco de perdermos vidas que poderíamos salvar é imenso”, afirmou Laura Martinez, especialista em saúde internacional.
Reações internacionais e críticas
Ao longo de semanas, lideranças globais e ex-presidentes americanos discutiram o impacto de tal decisão. Ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush criticaram publicamente a medida, classificando-a como uma “tristeza” para o compromisso humano dos EUA com o mundo.
O secretário de Relações Exteriores, Marco Rubio, justificou o encerramento alegando que a desaceleração da ajuda fortaleceria o controle financeiro do governo, embora a comunidade internacional continue a alertar para as consequências desastrosas dessa política.
Caminhos futuros e possíveis alternativas
Especialistas argumentam que, embora o governo dos EUA busque centralizar recursos via o Departamento de Estado, a falta de uma agência dedicada e especializada como a USAID pode enfraquecer significativamente as ações de ajuda internacional. Autoridades de países beneficiados já anunciam que buscarão outros canais de cooperação para minimizar os prejuízos.
O possível aumento na mortalidade global, especialmente entre os mais vulneráveis, reforça a urgência de ações coordenadas para evitar uma crise humanitária de grandes proporções. A comunidade internacional permanece atenta às próximas etapas de uma política que pode ter consequências irreversíveis para milhões de vidas.