Brasil, 1 de julho de 2025
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Família de Juliana Marins pede nova autópsia após morte na Indonésia

Corpo de Juliana Marins, brasileira falecida em trilha, chega hoje ao Brasil. Novo exame será feito após pedidos da família.

O corpo de Juliana Marins, jovem brasileira que trágicamente faleceu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, está previsto para chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º). A família da vítima decidiu solicitar uma nova autópsia para esclarecer as circunstâncias de sua morte. Este desdobramento se dá após uma série de incertezas sobre a causa do falecimento e o momento exato em que ocorreu.

Solicitação de nova autópsia

A iniciativa da nova autópsia foi tomada pelos familiares de Juliana, que buscaram suporte da Justiça. Segundo Mariana Marins, irmã da jovem, o auxílio foi proporcionado pela Prefeitura de Niterói, que acionou a Defensoria Pública da União (DPU-RJ). A defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz explicou que o pedido foi feito para assegurar a realização do exame necroscópico em até seis horas após a chegada do corpo ao Brasil, a fim de preservar evidências relevantes sobre as circunstâncias da morte.

Causas da morte e primeira autópsia

Um primeiro exame foi realizado em Bali, logo após o resgate do corpo de Juliana do Parque Nacional do Monte Rinjani. De acordo com o laudo, a jovem faleceu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, não apresentando sinais de hipotermia. O médico-legista, Ida Bagus Putu Alit, informou em uma coletiva de imprensa que Juliana teria sobrevivido por cerca de 20 minutos após o trauma. No entanto, a falta de clareza sobre o momento exato das lesões levantou questionamentos por parte da família.

Mariana Marins mencionou que a publicidade sobre os resultados do exame foi inadequada, uma vez que a família não recebeu as informações antes do anúncio à imprensa. “É um caos e um absurdo. Fomos chamados ao hospital, mas a coletiva aconteceu antes que tivéssemos acesso ao laudo”, lamentou.

Reação de autoridades e questões sobre o resgate

Após dias de preocupação e repercussão do caso, um representante do governo indonésio se manifestou sobre as condições do resgate. O governador da província de Sonda Ocidental, Lalu Muhamad Iqbal, admitiu em um vídeo que houve falta de estrutura durante o resgate. Ele reconheceu que os procedimentos de salvamento precisam ser revisados e aprimorados para evitar futuras tragédias.

No vídeo intitulado “Carta aberta para meus irmãos e irmãs brasileiros”, Iqbal explicou que as condições climáticas adversas, incluindo chuvas e neblina, complicaram o resgate de Juliana. Ele destacou a urgência e a dedicação da equipe de resgate, que enfrentou riscos para tentar salvar a jovem, mas também reconheceu que a infraestrutura local é insuficiente para lidar com situações emergenciais dessa gravidade. O governador enfatizou que é necessário melhorar a segurança ao longo da trilha do Rinjani, que se tornou um destino turístico internacional popular.

Expectativas para o retorno do corpo

Com a previsão de que o corpo de Juliana Marins chegue a São Paulo nesta terça-feira, sua família aguarda a confirmação da companhia aérea sobre o translado do corpo. As expectativas são de que o novo exame contribua para elucidar os detalhes da morte e trazer um mínimo de conforto à família em meio a esse momento tão doloroso.

Enquanto isso, as autoridades brasileiras também se envolvem na questão, buscando garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas para que a verdade sobre a tragédia de Juliana seja revelada, contribuindo assim para a busca por justiça em seu nome.

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