Brasil, 1 de julho de 2025
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Falece o padre Luis Pascual Dri, cardeal e exemplo de misericórdia

O frade capuchinho, querido pelo Papa Francisco, faleceu aos 98 anos em Buenos Aires, deixando um legado de amor e perdão.

O mundo católico se despediu de uma de suas figuras mais queridas e respeitadas. O padre Luis Pascual Dri, frade capuchinho argentino que exerceu um ministério exemplar de misericórdia, faleceu no último dia 30 de junho, em Buenos Aires, aos 98 anos. O papa Francisco frequentemente citava Dri como um exemplo de compaixão e perdão, ressaltando sua particular relação com Deus e os penitentes. Seus restos mortais estão expostos no Santuário de Nossa Senhora de Pompeia, e as exéquias acontecerão nesta quarta-feira, 2 de julho.

Reconhecimento e legado

O papa Francisco havia criado o padre Dri cardeal no Consistório de setembro de 2023, reconhecendo seu incansável trabalho em favor da comunidade. Mesmo com a idade avançada, o frade capuchinho continuou a praticar a confissão e a aconselhar fiéis e colegas, sempre de maneira acolhedora e compreensiva. “Ele? É ótimo!”, expressou o Papa com carinho ao falar de Dri, destacando a forte relação que construíram ao longo dos anos.

Uma vida de misericórdia

Nascido em 17 de abril de 1927 em Federación, na província de Entre Ríos, Dri pertenceu a uma família profundamente religiosa. Desde 1945, vestia o hábito franciscano, dedicando sua vida ao serviço religioso. Conhecido por sua capacidade de ouvir e acolher penitentes, Dri transformou o confessionário em um espaço de cura espiritual. Ele não se via como alguém acima dos outros, mas sim tão pecador quanto aqueles que o procuravam. Sua articulação de perdão era inspiradora, tendo em vista que costumava dizer: “Senhor, perdoa-me porque perdoei demais. Mas foste tu que me deste o mau exemplo!”

O Consistório de 2023

No Consistório de setembro de 2023, Dri, que não pôde estar presente fisicamente devido ao estado de saúde, recebeu as insígnias cardinalícias no conforto de sua catedral em Buenos Aires. Ele se tornou cardeal diácono de Sant’Angelo in Pescheria, uma oportunidade que, segundo o próprio, foi mais uma “carícia” do que um prêmio. Mesmo depois de ser promovido ao Colégio Cardinalício, a entrega e a humildade que definiram sua trajetória permaneciam intactas.

Lembranças do Papa

Em um emocionante Angelus, no dia 9 de julho, o papa Francisco recordou Dri dizendo: “Recordo-me de um grande confessor, um padre capuchinho, que exerceu seu ministério em Buenos Aires.” O Pontífice compartilhou as reflexões que teve com Dri, revelando que o frade muitas vezes se preocupava em perdoar demais, um dilema que refletia sua natureza compassiva.

Compromisso com o próximo

O padre Dri não apenas ouvia as confessionais, mas também dedicava-se a ajudar aqueles que necessitavam. Em um de seus testemunhos, expressou gratidão ao Papa pela honra de ser elevado a cardeal, reforçando que sua verdadeira vocação era a de ser um instrumento de misericórdia para todos. “Ninguém deve sair pensando que não foi compreendido, que foi desprezado ou rejeitado”, disse ele, apontando para a importância de acolher cada um que se aproxima.

Um legado eterno

A vida e os ensinamentos do padre Luis Pascual Dri continuarão a ressoar na Igreja e na vida de muitos que receberam seu amor e aconselhamento. Seu exemplo de misericórdia e compaixão serve como um farol para quem busca entender a essência do perdão e da aceitação no caminho da fé. A morte do cardeal é uma perda imensa, mas seu legado de amor transcende as barreiras do tempo, inspirando gerações.

A comunidade católica e todos aqueles que cruzaram seu caminho sentirão a falta desse querido frade capuchinho, que, com amor e dedicação, praticou a misericórdia de Deus. Que sua alma descanse em paz.

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