No último sábado, 28 de junho, um marco histórico foi celebrado na Diocese de Bafatá com a ordenação de Dom Victor Luís Quematcha como bispo. A cerimônia, realizada na Sé Catedral de Nossa Senhora da Graça, contou com uma participação significativa de representantes da Igreja Católica de vários países, criando um ambiente vibrante de união e fé.
A presença dos clérigos e autoridades na cerimônia
A solenidade foi conduzida pelo Núncio Apostólico, Dom Waldemar Stanisław Sommertag, e teve a honra de receber bispos de nações como Guiné-Bissau, Senegal, Cabo Verde, Portugal e Brasil, além de representantes da Igreja Católica da Costa do Marfim. A presença do Ministro Geral dos Frades Menores Franciscanos e do Definidor Geral, que sucedeu Dom Victor em suas funções anteriores em Roma, também marcou a relevância do evento.
Com a cerimônia, que incluiu rituais como a imposição das mãos, a unção com o santo crisma e a entrega dos símbolos episcopais, foi possível celebrar o fim de quatro anos de vacância episcopal, renovando a esperança e o fervor espiritual entre os fiéis presentes. Uma mensagem clara de união e compromisso foi passada durante a celebração.
O chamado do novo bispo e os desafios à frente
Durante a homilia, Dom Sommertag lembrou que o ministério episcopal é uma responsabilidade e um chamado, e não um título honorífico ou um prêmio. Ele enfatizou que Dom Victor deve ser um sinal de unidade, guiando seu povo com humildade e amor. Exortou os fiéis a rezarem e apoiarem seu bispo, afirmando: “Ele não pode ser bispo sem vós.”
Em suas declarações à imprensa, Dom Victor se mostrou ciente dos desafios que enfrenta, especialmente em promover uma convivência saudável entre política e religião. Ele reafirmou seu lema episcopal “Sois todos irmãos”, refletindo seu compromisso em trabalhar com todas as camadas da sociedade.
A primeira missa e a visão de Dom Victor
No dia seguinte, 29 de junho, Dom Victor celebrou sua primeira missa como bispo de Bafatá, coincidentemente no dia dedicado a São Pedro e São Paulo. Em sua homilia, expressou o desejo de ser um pastor próximo das ovelhas, tocando os corações e acolhendo as comunidades. Ele enfatizou a importância de ouvir as pessoas e caminhar junto a elas, destacando a necessidade de construir uma “Igreja peregrina, missionária e sem medo.”
A celebração foi marcada por um forte engajamento de clérigos, fiéis, autoridades civis e membros da sociedade civil, refletindo um ambiente de fé, comunhão e renovação da esperança. A Diocese de Bafatá inicia, assim, uma nova etapa sob a liderança de Dom Victor, dando continuidade à missão evangelizadora de seus antecessores, Dom Settimio Ferrazzetta e Dom Pedro Zilli.