Brasil, 1 de julho de 2025
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Dólar recua 0,91% no semestre e Ibovespa sobe 15,44% no ano

Mercado brasileiro e externo refletem expectativas sobre política monetária, reformas fiscais e cenário internacional

Na véspera, o dólar caiu 0,91%, encerrando o dia cotado a R$ 5,4335, com queda acumulada de 12,08% no semestre. Já a bolsa de valores fechou em alta de 1,45%, aos 138.855 pontos, acumulando ganho de 15,44% no primeiro semestre do ano. Os investidores monitoram fatores internos e externos, como propostas de cortes de impostos nos Estados Unidos e a política do Federal Reserve, além de sinais sobre a economia brasileira.

Expectativas do mercado internacional impulsionam movimentações no Brasil

Os mercados globais permanecem atentos à votação do megapacote de cortes de impostos promovido pelo presidente Donald Trump no Senado dos EUA. A proposta prevê redução de tributos, incremento de gastos em defesa e segurança de fronteiras, o que tem impacto direto na perspectiva de crescimento da maior economia do mundo. Além disso, negociações entre os EUA e o Canadá, incluindo a suspensão temporária de tarifas sobre serviços digitais, também influenciam o cenário.

Outro ponto de atenção é o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que participa de evento nesta terça-feira. A expectativa é de que ele sinalize os próximos passos da política de juros norte-americana, especialmente diante da pressão de Trump por novos cortes na taxa básica.

Dados econômicos no foco: Brasil e EUA

Brasil

O mercado brasileiro acompanha a redução das projeções de inflação, segundo o relatório do Boletim Focus, além do saldo positivo na geração de vagas de trabalho formal em maio, com 148,99 mil novas oportunidades. Em relação à arrecadação, continua a preocupação com a derrubada do aumento do IOF na semana passada, o que deve resultar em novos cortes no orçamento e impactar a economia doméstica.

Estados Unidos

Nos EUA, o índice de preços PCE subiu 0,1% em maio, mantendo a estabilidade, enquanto a inflação anual avançou para 2,3%. Além disso, a queda de 0,1% nos gastos dos consumidores no mesmo mês reforça a expectativa de que o Fed possa reduzir os juros em breve. Ainda no cenário, o Congresso prepara-se para votar o projeto de lei orçamentária, que pode influenciar as futuras ações monetárias.

Influência de fatores externos e internos na economia brasileira

Internamente, a alteração nas regras do IOF e o debate sobre a autonomia do Banco Central acentuam as incertezas fiscais e políticas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo avalia a possível caracterização de usurpação da prerrogativa do Executivo na decisão de revogar o aumento do imposto, podendo recorrer à Justiça caso haja necessidade.

Já na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que irá revisar sua estratégia de juros devido à surpresa com a persistência de aumentos de preços. Os mercados também acompanham de perto a relação comercial entre Estados Unidos e Canadá, que recuou da imposição de tarifas para destravar negociações.

Perspectivas para o segundo semestre

O cenário global aponta para uma possível desaceleração econômica diante do impacto do conflito comercial e de medidas protecionistas. No Brasil, as incertezas fiscais podem cortar o crescimento do PIB e afetar as estratégias de investidores. Expectativas de novo ciclo de cortes de juros pelo Fed e a aprovação de reformas fiscais no Congresso norte-americano continuam sendo fatores decisivos para a direção dos mercados.

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