Brasil, 2 de julho de 2025
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Corpo de Juliana Marins chega ao Rio e será submetido a nova autópsia

Juliana Marins, jovem de 26 anos que faleceu na Indonésia, teve seu corpo trasladado ao Brasil e passará por nova autópsia no IML.

O corpo de Juliana Marins, de 26 anos, chegou ao Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (1º/7) após uma operação de translado que envolveu a Força Aérea Brasileira (FAB). A jovem morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, e seu corpo foi trazido de São Paulo, de onde desembarcou antes em um voo da companhia Emirates.

O avião da FAB pousou na Base Aérea do Galeão às 19h40, e após a chegada à capital fluminense, o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, onde uma nova autópsia está programada para a manhã desta quarta-feira (2/7). O exame será realizado por determinação da Justiça Federal, e deverá contar com um representante da família e um perito da Polícia Federal presentes.

Motivação para a nova autópsia

A nova necropsia foi viabilizada por um acordo entre a Advocacia Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o governo do estado do Rio de Janeiro. A intenção da família de Juliana é esclarecer o horário exato da morte e averiguar se houve omissão no socorro por parte das autoridades indonésias.

“A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil, em Jacarta, se baseou em autópsia realizada pelas autoridades indonésias, mas não trouxe informações conclusivas sobre o momento exato do falecimento”, informou a DPU em nota.

A DPU solicitou a nova perícia à Justiça Federal, que acatou o pedido durante uma audiência realizada na tarde de terça-feira pela 7ª Vara Federal de Niterói. A defensora pública federal, Taísa Bittencourt, destacou que o novo exame é essencial para garantir a preservação de elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.

Detalhes da investigação

A nova autópsia foi solicitada pela família de Juliana, que apontou inconsistências no atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta. O documento, que se baseou em informações da autópsia feita pelas autoridades indonésias, não esclareceu com precisão o momento da morte da jovem.

A principal dúvida gira em torno da possibilidade de omissão de socorro. Imagens de drones de turistas que estavam na região indicam que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo após a queda durante a trilha. A família acredita que ela tenha permanecido com vida por dias, à espera de resgate — uma hipótese que não foi confirmada pela necropsia realizada na Indonésia. Dependendo dos resultados do novo exame, as autoridades brasileiras poderão investigar eventuais responsabilidades civis ou criminais.

Resultados da primeira autópsia

A primeira autópsia realizada no corpo de Juliana Marins ocorreu em um hospital na ilha de Bali, logo após a remoção do corpo do Parque Nacional do Monte Rinjani, na quarta-feira (25/6). O procedimento foi conduzido no dia seguinte, e os resultados foram divulgados em uma coletiva de imprensa no dia 27/6.

O médico legista responsável, Ida Bagus Putu Alit, afirmou que Juliana faleceu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas provocadas por um impacto forte. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata, devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas e lesões internas, incluindo órgãos do tórax. Ela sobreviveu por menos de 20 minutos”, afirmou o legista, que também descartou a possibilidade de hipotermia.

A investigação em torno das circunstâncias da morte de Juliana Marins continua, e a realização da nova autópsia poderá trazer esclarecimentos importantes para a família e para as autoridades brasileiras.

Por tanto, o caso de Juliana Marins levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades em acidentes em trilhas e a necessidade de protocolos adequados para auxiliar turistas em situações de emergência.

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