O corpo de Juliana Marins, uma brasileira que faleceu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, chegou ao Brasil na tarde desta terça-feira (1º). O avião da Emirates Airlines fez o desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 17h. A expectativa agora gira em torno do translado da urna funerária para a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, onde está previsto o pouso às 18h30.
Contexto da morte de Juliana
Juliana Marins, que tinha apenas 23 anos, estava em uma expedição na Indonésia, quando um acidente durante a trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani resultou em sua morte. A primeira autópsia, realizada na quinta-feira (26) em Bali, concluiu que sua morte foi causada por múltiplas fraturas e lesões internas. O exame indicou que Juliana sobreviveu por cerca de 20 minutos após o trauma, mas os detalhes sobre o momento exato da sua morte permanecem obscuros.
Demandas por justiça e transparência
Após sua morte, a família de Juliana solicitou uma nova autópsia no Brasil devido à falta de clareza sobre as circunstâncias da morte. De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), a nova autópsia será realizada no Instituto Médico Legal (IML) para preservar evidências que possam esclarecer o caso. “Com o auxílio da Prefeitura de Niterói, acionamos a DPU para garantir que os procedimentos necessários fossem cumpridos”, disse Mariana Marins, irmã da vítima.
Atrasos e frustrações com a companhia aérea
Durante o processo de translado do corpo, a família enfrentou dificuldades por parte da companhia aérea Emirates. Mariana Marins expressou sua indignação em redes sociais, pedindo uma resposta sobre o voo que traria Juliana de volta ao Brasil. “É um descaso do início ao fim. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana pra casa!”, desabafou.
Declarações de autoridades locais
Recentemente, Lalu Muhamad Iqbal, governador da província onde ocorreu o acidente, fez uma declaração publicando um vídeo e reconhecendo as falhas nos esforços de resgate. Ele ressaltou a falta de infraestrutura e a necessidade de revisão nos procedimentos para incidentes desse tipo. O governador também detalhou que as condições climáticas dificultaram o resgate e que a equipe de resgate arriscou suas vidas para tentar salvar Juliana.
Impacto emocional e comunitário
A morte de Juliana gerou grande comoção, evidenciada pela mobilização da comunidade e da família em busca de respostas e justiça. Mariana Marins, sua irmã, enfatizou a luta por esclarecimentos, desabafando sobre o caos gerado pela falta de informações e pela pressão emocional enfrentada pela família.
Além disso, as críticas à forma como as informações foram divulgadas em Bali foram contundentes. Mariana apontou que a família foi intempestivamente convocada para ouvir as notícias do laudo sem ter acesso prévio às informações, o que gerou ainda mais angústia.
A importância de melhorias na infraestrutura
A tragédia traz à tona a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura de resgate em áreas de turismo de aventura. A fala do governador Iqbal reafirma que as trilhas que atraem turistas internacionais devem ter condições seguras para a prática de atividades. “Precisamos aprimorar a segurança ao longo da trilha do Rinjani, que é um destino turístico mundial,” destacou.
Conclusão e esperança de justiça
Enquanto a família aguarda a realização da nova autópsia, a comunidade se une em luto e apoio. Juliana Marins será sepultada em Niterói, sua cidade natal, onde amigos e familiares poderão prestar suas últimas homenagens. O clamor por justiça e pelo esclarecimento das circunstâncias de sua morte permanece vivo, e a família continua a lutar por respostas, esperando que sua história não seja esquecida.
As etapas seguintes, incluindo o sepultamento e o resultado da nova autópsia, serão acompanhadas de perto, refletindo uma necessidade coletiva de esclarecimento e justiça.