Brasil, 1 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil após tragédia na Indonésia

A chegada do corpo ao Brasil ocorre em meio a investigações sobre sua morte no Monte Rinjani.

Onze dias após a tragédia que acabou com a vida de Juliana Marins, 34 anos, no Monte Rinjani, na Indonésia, o corpo da brasileira está a caminho do Brasil. A chegada está programada para esta terça-feira (1/7), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no fim da tarde. Inicialmente, o plano era que o voo pousasse no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (2/7), mas o translado foi antecipado.

Assim que o corpo desembarcar em São Paulo, ele será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital, onde passará por uma nova autópsia. Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), esse procedimento deve ocorrer em até seis horas após a chegada, visando a preservação de possíveis evidências sobre as circunstâncias da morte de Juliana.

A expectativa é que a nova autópsia ajude a esclarecer pontos ainda obscuros sobre o falecimento da jovem. O exame será realizado por especialistas brasileiros, e o detalhe sobre como e onde isso ocorrerá será definido em uma audiência marcada para esta terça, às 15h, envolvendo representantes da DPU, Advocacia-Geral da União (AGU) e do governo do Rio de Janeiro, que arcará com os custos do translado.

Contexto da tragédia

Juliana Marins perdeu a vida após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no dia 20 de junho. O acidente gerou grande repercussão, não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo, levando à mobilização de autoridades para apurar as circunstâncias de sua morte. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu celeridade nas investigações devido à repercussão do caso.

Necessidade de uma nova autópsia

Os pedidos por uma nova autópsia vieram da família de Juliana, representada pela DPU, que apontou inconsistências no atestado de óbito emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta. O documento inicial se baseou em informações da autópsia realizada pelas autoridades indonésias, mas não esclareceu o momento exato da morte da jovem.

A principal dúvida gira em torno da possibilidade de omissão de socorro, uma vez que imagens capturadas por drones de turistas indicam que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo após a queda. A família acredita que ela pode ter resistido por dias aguardando resgate — uma hipótese que não foi confirmada pelo exame realizado na Indonésia. Dependendo dos resultados da nova autópsia, as autoridades podem investigar eventuais responsabilidades civis ou criminais.

Primeira autópsia e reações da família

A primeira autópsia foi realizada logo após a remoção do corpo de Juliana do Parque Nacional do Monte Rinjani, no dia 25 de junho, e os resultados foram divulgados no dia 27. O médico legista responsável pela autópsia, Ida Bagus Putu Alit, informou que a jovem faleceu devido a múltiplas fraturas e lesões internas resultantes de um impacto severo.

“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Devido à extensão dos ferimentos e fraturas, [ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, afirmou o legista, descartando a hipótese de hipotermia.

A forma como o resultado da primeira autópsia foi apresentado gerou críticas por parte da família de Juliana. Mariana Marins, irmã da vítima, expressou indignação pelo fato de o laudo ter sido exposto à imprensa antes que a família fosse informada. “Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso, o médico decidiu dar uma coletiva de imprensa. É absurdo”, disse Mariana.

Próximos passos nas investigações

A realização da nova autópsia é vista como crucial para trazer clareza sobre as circunstâncias da morte de Juliana e esclarecer responsabilidades futuras. A DPU e a AGU trabalham juntas para garantir que o desejo da família seja atendido e que todas as inconsistências sejam investigadas adequadamente.

Além disso, a Polícia Federal já se colocou à disposição para colaborar com o transporte do corpo ao IML designado, caso seja necessário.

Após o trágico ocorrido, muitos brasileiros manifestaram condolências e apoio à família de Juliana, relembrando a importância da segurança durante atividades de aventura em locais de difícil acesso. A comunidade continua a mobilizar-se, esperando que as investigações tragam à tona a verdade sobre a trágica morte da jovem.

Esta situação continua a se desenrolar e novas informações podem surgir a qualquer momento, à medida que as investigações se aprofundam e a família busca justiça para Juliana.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes