Brasil, 1 de julho de 2025
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Começam as deliberações no caso de tráfico sexual contra Diddy

Júri expressa preocupações sobre jurado após início das deliberações no julgamento de Diddy por crimes de tráfico sexual e extorsão.

As deliberações no julgamento de Sean “Diddy” Combs, por tráfico sexual e extorsão, tiveram um início conturbado na segunda-feira, poucas horas após o juiz entregar o caso ao júri. O processo, que ocorreu no Distrito Sul de Nova York, teve a duração de seis semanas, com o governo tentando convencer a corte de que Combs operava uma “empresa criminosa”, utilizando seus funcionários para cometer diversos crimes.

Preocupações no júri

Logo após cerca de duas horas de deliberações, o júri enviou uma nota ao juiz Arun Subramanian expressando preocupações sobre um dos membros do júri, identificado como Jurado nº 3, que supostamente “não segue” as instruções dadas pelo juiz. Detalhes adicionais sobre a natureza dessas preocupações não foram fornecidos.

Após consultar tanto a acusação quanto a defesa, o juiz decidiu enviar uma resposta ao júri, reiterando seu dever de deliberar sobre um veredicto. Vale ressaltar que um jurado já havia sido substituído anteriormente neste julgamento devido à confusão sobre seu local de residência, que afetava a jurisdição do tribunal.

Acusações contra Diddy

Diddy enfrenta duas acusações de tráfico sexual, duas de transporte para fins de prostituição e uma de extorsão. O renomado magnata da música se declarou inocente das cinco acusações que pesam contra ele. Durante todo o julgamento, o foco principal girou em torno do interesse de Combs por “freak offs”, que envolvem encontros sexuais promovidos por drogas com acompanhantes contratadas, muitas vezes se estendendo por dias.

Os promotores federais apresentaram 34 testemunhas contra Combs, incluindo ex-empregados e namoradas. Uma das testemunhas de destaque foi Casandra Ventura, conhecida como Cassie, que falou durante vários dias sobre seu relacionamento de aproximadamente 11 anos com Combs. Ela detalhou episódios de violência e mencionou que sua participação em “freak offs” era inicialmente consensual, mas logo se tornou uma dependência de drogas para lidar com a situação.

Provas e testemunhos chocantes

Um ponto central no caso foi um vídeo de um ataque ocorrido em março de 2016, em um hotel em Los Angeles, onde Ventura foi agredida por Combs. As imagens de segurança mostram Ventura descalça, caminhando até o elevador, enquanto Combs aparece correndo pelo corredor apenas com uma toalha. No vídeo, ele é visto jogando Ventura no chão, chutando-a repetidamente e tentando arrastá-la de volta para o quarto.

Pessoas ligadas ao hotel também testemunharam que Combs tentou comprar a única cópia desse vídeo por 100 mil dólares, alegando que isso poderia “destruir” sua carreira.

Defesa de Diddy

A defesa de Combs tentou minimizar a extensão das atividades criminosas, admitindo a ocorrência de violência doméstica, mas apresentando as “freak offs” como atividades sexuais consensuais dentro do conturbado relacionamento pessoal de Diddy. Importante destacar que a defesa não chamou nenhuma testemunha ao tribunal e encerrou sua apresentação alguns horas após a acusação. Durante o julgamento, eles se concentraram em descreditar os testemunhos com um exame cuidadoso que contestou a credibilidade das testemunhas.

Conseqüências da condenação

Se condenado nas acusações principais de extorsão e tráfico sexual, Combs pode enfrentar até a pena de morte. Para as acusações de prostituição, a sentença máxima prevista é de 10 anos de prisão. O juiz informou ao júri que, para a condenação por extorsão, é necessário provar que um grupo de duas ou mais pessoas concordou em se envolver em uma atividade criminosa.

Subramanian destacou que é necessário compreender que esse entendimento pode ser tanto falado quanto não falado, e que o jurado deve crer que Combs cometeu pelo menos duas ações criminosas para a condenação.

O processo continua, e a atenção de milhões aguarda o desfecho deste caso polêmico, que balança tanto a indústria musical quanto a interpretação das leis de permissividade no entretenimento.

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