O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) anunciou uma nova regra de paridade de gênero na segunda fase do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025. A medida visa garantir maior equilíbrio entre homens e mulheres na seleção, sem alterar o resultado final das provas.
Paridade de gênero no CNU 2025
A regra foi criada após o resultado da primeira edição, quando as mulheres representaram 56% das inscrições, mas apenas 37% dos aprovados. Segundo a ministra Esther Dweck, a medida permite que, em caso de desequilíbrio, mais mulheres sejam convocadas até atingir 50% de participação, sem prejuízo aos classificados inicialmente.
Como funciona a convocação adicional
Se houver menos de 50% de mulheres em um cargo ou cota durante a transição entre as fases, candidatas extras serão chamadas para equilibrar o percentual. Por exemplo, em um cargo com 20 vagas, se houver uma predominância masculina, mais mulheres serão convocadas até alcançar a paridade, sem excluir candidatos masculinos que já estejam classificados.
Impacto na atual composição do setor público
Dados do Painel Estatístico de Pessoal revelam que apenas 41,9% dos servidores federais são mulheres, em um total de 1.214.020 funcionários. Os homens representam 58,1%. A nova regra busca ampliar a participação feminina, atualmente menor do que a dos homens no setor.
Contexto e medidas afirmativas
O avanço na representação feminina também é reforçado pela aplicação da Lei de Cotas, que reserva 35% das vagas do concurso para ações afirmativas, incluindo negros, indígenas, quilombolas e PcD. A medida é uma resposta às disparidades de gênero e raça no setor público, promovendo maior diversidade e inclusão.
Detalhes do concurso e inscrições
O CNU 2025 oferecerá 3.652 vagas em 32 órgãos federais, distribuídas em diversos blocos temáticos. As provas serão realizadas em duas fases:
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025
- Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025
A taxa de inscrição custa R$ 70, com isenção para candidatos que atendam aos critérios legais. As provas serão coordenadas pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e aplicadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 228 cidades pelo país.
Perspectivas futuras
O novo modelo, inspirado no que é adotado pelo Itamaraty, visa tornar o processo seletivo mais justo e inclusivo. Além de promover a participação feminina, o concurso continuará sendo uma oportunidade de ingresso na carreira pública, reafirmando o compromisso do governo com ações afirmativas e diversidade.
Para mais informações, acesse a fonte original do Globo.