Brasil, 2 de julho de 2025
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Cardeal africano esclarece oposição à bênção de casais do mesmo sexo

Cardeal africano defende que resistência à declaração do Vaticano sobre bênçãos de casais gay não é apenas africana.

O cardeal Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa, reforçou nesta terça-feira (1º) que a rejeição à declaração do Vaticano que permite bênçãos para casais do mesmo sexo não é exclusividade dos africanos. Em entrevista à EWTN News, ele destacou que a postura também foi adotada por bispos europeus e que tais questões representam um problema doutrinal e teológico para a Igreja.

Contexto e diálogo com o Vaticano

Após a publicação do documento Fiducia Supplicans em dezembro de 2023, Ambongo viajou a Roma para se reunir com o Papa Francisco e com o cardeal Víctor Fernández, à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, a fim de transmitir a insatisfação dos bispos africanos com a medida. Em janeiro de 2024, uma declaração conjunta afirmou que a permissão para bênçãos não se aplica na África, ressaltando a condenação bíblica às ações homossexuais.

Posição do Papa e diferenças culturais

Apesar das divergências continentais, o Papa Francisco defendeu a declaração e caracterizou a Igreja na África como um caso à parte. Em entrevista à La Stampa, ele afirmou que, para os africanos, a homossexualidade é vista como algo “feio” culturalmente, o que dificultaria sua aceitação.

Prioridades pastorais na África

Para Ambongo, a questão da homossexualidade não é prioridade pastoral na África, onde o foco está em temas como sobrevivência e qualidade de vida. Ele afirmou que a reação à declaração foi vista como uma imposição externa e que a preocupação central dos bispos vai além dessas questões.

“Nosso foco é a vida, como viver, como sobreviver. Homossexualidade não é uma questão que nos preocupa aqui na África demais,” afirmou o cardeal em entrevista após uma conferência sobre justiça climática e conversão ecológica.

Perspectivas futuras na Igreja

Ambongo, que integrou o Conselho de Cardeais mediador do Papa, comentou que, durante as reuniões pré-conclave, houve desejo de maior participação do Colégio de Cardeais nas decisões pontifícias, incluindo encontros anuais com o Papa. Segundo ele, essa relação depende da vontade do pontífice.

Embora não tenha certeza se uma estrutura semelhante à do Conselho dos Cardeais será criada, Ambongo destacou o esforço dos cardeais em buscar uma maior abertura ao diálogo e à participação na tomada de decisões.

Segundo ele, a postura da Igreja na África frente às questões relacionadas à homossexualidade é marcada por prioridades sociais e culturais que diferem bastante da abordagem europeia, deixando claro que o tema não é tão premente na agenda pastoral do continente.

Para mais informações, acesse a fonte original.

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