Quando uma empresa adota boas práticas de governança e compliance, os benefícios vão além da organização interna, ampliando a confiança do mercado e oferecendo maior segurança ao consumidor. Essas ferramentas deixam de ser meros procedimentos burocráticos e se tornam diferenciais estratégicos para negócios de todos os tamanhos, incluindo micro, pequenas e médias empresas (PMEs).
Governança e compliance: aliados na gestão de riscos e reputação
Segundo Fernanda Fossati, sócia na área de Governança Corporativa do TozziniFreire Advogados, a governança corporativa define as regras que orientam a atuação da empresa, promovendo transparência, equidade e responsabilidade nas decisões. Já o compliance atua como o guardião da integridade, garantindo que a organização jogue dentro das regras estabelecidas.
“Essas práticas ajudam a prevenir riscos, fortalecer a reputação, atrair investimentos e alinhar interesses de todos os envolvidos — de sócios a fornecedores e clientes”, afirma Fossati. Ela destaca que a governança deve evoluir conforme o crescimento da empresa ou demandas sociais, como a crescente exigência por sustentabilidade.
Importância de uma estrutura sólida para pequenas e médias empresas
Para Fernanda, o conceito de governança não está restrito às grandes corporações. Mesmo pequenas empresas devem estabelecer uma estrutura que guie decisões com base em princípios éticos e estratégicos, fortalecendo a segurança do negócio.
Gabriela Loreto da Silveira, responsável pela área societária do Eichenberg, Lobato, Abreu & Advogados Associados, reforça que o compliance promove uma cultura de integridade, por meio de canais de denúncia, códigos de conduta e comitês internos. “Um programa eficaz deve incluir investigação de denúncias, mapeamento de riscos e planos de ação para futuras ameaças”, explica.
Práticas de governança e compliance na prática empresarial
Ambas profissionais salientam que uma governança forte implica transparência na divulgação de resultados financeiros, respeito à equidade entre acionistas e responsabilidade social e ambiental. Além disso, é fundamental que a comunicação interna e externa seja clara e estruturada, garantindo o alinhamento dos interesses.
Gabriela destaca que cada empresa deve adaptar essas boas práticas à sua realidade, sem obrigação de seguir um modelo único. Uma PME, por exemplo, pode ter uma governança mais enxuta, mas deve implementar ações que promovam ética e controle de irregularidades.
Gestão contínua e a evolução das boas práticas
O Fórum Ética e Compliance, realizado pelo Valor, com patrocínio da Ambipar e apoio do Grupo Globo, evidenciou que a busca por boas práticas está em constante evolução, acompanhando as demandas sociais e de mercado, como os programas internos que incentivam a diversidade.
A adoção de uma cultura de integridade não é apenas uma questão de conformidade, mas uma estratégia sustentável para o crescimento empresarial. “Empresas que investem em governança e compliance têm maior capacidade de prevenir riscos e atrair investimento de longo prazo”, conclui Gabriela Loreto.
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