O projeto de lei conhecido como ‘Big Beautiful Bill’ enfrentou forte resistência no Congresso dos Estados Unidos, sendo considerado o mais odiado desde pelo menos 1990. Mesmo assim, os republicanos conseguiram aprová-lo, mas com dificuldades internas e baixa aprovação popular, especialmente entre eleitores e setores diversos.
Alta rejeição e divisões internas no Congresso
Segundo pesquisa do Quinnipiac University, 55% dos eleitores são contrários ao projeto, enquanto apenas 29% apoiam. Entre os republicanos, o apoio é surpreendentemente baixo, apenas 67%, refletindo o descontentamento com as medidas de corte de gastos e prioridades fiscais do texto.
Especialistas em política compararam a rejeição do projeto às polêmicas legislativas de décadas anteriores, concluindo que essa é a maior resistência ao legislativo desde 1990. O panorama evidencia o alto grau de insatisfação pública e os conflitos entre os partidos.
Descontentamento bipartisan e impacto nas estratégias políticas
Partidos de centro e conservadores enfrentam dificuldades, com integrantes reclamando de subsídios para energia renovável e de impostos ocultos, além de ameaças de doadores influentes, como Elon Musk, que ameaça apoiar adversários de quem votar a favor do projeto. O ex-presidente Donald Trump também ameaçou deportar Musk por sua postura.
Enquanto isso, os democratas aproveitam o clima negativo ao redor da lei, planejando manter o assunto em evidência até as eleições de 2026. Um documento divulgado pelo comitê de campanha da Câmara detalha estratégias para explorar as consequências do projeto durante os próximos 16 meses, buscando desgastar os republicanos.
Perspectivas e próximas etapas
Embora a lei tenha sido aprovada no Congresso, sua implementação enfrenta obstáculos e rejeição contínua. A expectativa é de que a polarização se intensifique, influenciando o cenário eleitoral e as futuras negociações legislativas.