Brasil, 1 de julho de 2025
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Ações contra lei de suicídio assistido em Colorado questionam constitucionalidade

Coalizão de grupos de defesa move ação judicial contra lei de suicídio assistido, alegando discriminação contra pessoas com deficiências.

Um grupo de organizações de defesa dos direitos humanos entrou com uma ação na Justiça Federal de Colorado na última sexta-feira (27), questionando a constitucionalidade da lei estadual de suicídio assistido, aprovada em 2016 e expandida em 2024. A denúncia alega que a legislação viola direitos fundamentais ao discriminar pessoas com deficiências e não exigir avaliações psiquiátricas antes do uso de medicamentos letais.

Questões jurídicas e avaliações clínicas na lei de Colorado

A ação, liderada pela entidade End Assisted Suicide, afirma que a lei permite a prescrição de drogas letais sem que o médico avalie o estado mental do paciente. O documento destaca que não há obrigatoriedade de avaliação por profissional de saúde mental para pacientes com depressão ou outras doenças mentais tratáveis, o que, segundo os autores, coloca grupos vulneráveis em risco.

De acordo com o documento, o sistema criado pela lei criou “duas categorias de atendimento médico, dependendo da opinião do profissional”, perpetuando desigualdades e vulnerando leis federais de proteção às pessoas com deficiência, como a Lei dos Americanos com Deficiências (ADA). A ação solicita à Corte que suspenda a aplicação da lei com base no 14º Amendment da Constituição dos Estados Unidos e em outras legislações federais.

Repercussões da legislação e posicionamentos religiosos

Colorado foi uma das várias unidades federais que legalizaram o suicídio assistido naquele ano, permitindo que médicos prescrevessem medicamentos letais a pacientes terminais. A expansão da lei, aprovada em 2024, ampliou o número de profissionais autorizados a prescrever essas drogas, sem a necessidade de avaliação específica da saúde mental do paciente.

Entidades católicas e líderes religiosos têm se manifestado contra a legislação. A conferência episcopal do estado declarou, no ano passado, que a lei é “injusta” ao atingir os mais vulneráveis e comprometer a prática médica ética. A posição da Igreja Católica é de que a eutanásia e o suicídio assistido representam “uma ameaça à dignidade humana”.

Declarações do Papa e visão da Igreja sobre o tema

Pontifício, Papa Francisco reiterou em 2022 que pessoas que sofrem com doenças terminais devem receber cuidados paliativos, não ser incentivadas ao suicídio assistido. No ano seguinte, criticou a prática de “brincar com a vida” e a chamou de “falsa compaixão”. Antes de assumir o papado, o Papa Leo XIV também havia alertado, em 2016, sobre os riscos de práticas que ameaçam os mais vulneráveis.

Outros estados e o cenário nacional

Até o momento, 11 estados americanos, além do Distrito de Columbia, legalizaram o prática de suicídio assistido. Em junho, a Assembleia Legislativa de Nova York aprovou uma lei similar, mas a assinatura da governadora Kathy Hochul ainda está pendente. A discussão sobre a legalização desse procedimento continua em vários locais do país, com debates acalorados entre defensores e opositores.

Para os críticos, a legislação irresponsável fere direitos fundamentais e compromete o valor da vida humana, especialmente dos mais frágeis. Cientistas e líderes religiosos continuam a defender a prioridade da atenção paliativa e de tratamentos que preservem a dignidade do paciente até seus últimos dias.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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