Brasil, 1 de julho de 2025
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A coragem de Seydi: uma mulher transformando vidas na Turquia siríaca

A história inspiradora de Seydi, que retorna a sua cidade natal para ajudar refugiados e promover a pacificação.

A resiliência humana é frequentemente testada em situações adversas. Seydi Gösteris, uma mulher de origem cristã da Turquia siríaca, exemplifica essa força ao retornar à sua cidade natal, Idil, após anos de exílio na Suíça. Sua vivência não é apenas uma narrativa de imigração e retorno, mas uma obra de amor e ajuda humanitária, particularmente em tempos de convulsão social e religiosa. Assim, Seydi levanta a bandeira da paz e da solidariedade em uma região marcada por conflitos e perseguições.

A jornada de Seydi: da Suíça à Idil

Seydi nasceu em Idil, uma cidade que já foi um importante centro cristão antes de ser devastada por guerras e conflitos. Em 1975, ela se mudou para a Suíça em busca de uma vida melhor. Através de muita luta, estabeleceu-se como guia turística, mas seu coração sempre esteve ligado às suas raízes. Em 2008, após a cura milagrosa de sua mãe, Seydi passou a ver sua jornada de forma diferente. “Eu não queria mais saber de religião. Mas a experiência me trouxe de volta à fé”, relata ela, lembrando do momento em que decidiu retornar ao local onde cresceu.

Desafios e renascimento

O retorno a Idil não foi fácil. A cidade, que abrigava uma comunidade vibrante de cristãos, estava em ruínas. De seus trinta mil habitantes, apenas uma pequena fração permanecia. Seydi, no entanto, encontrou em sua missão a força necessária para enfrentar os obstáculos. “Os primeiros anos foram desafiadores”, admite, “mas a vontade de ajudar minha comunidade sempre foi mais forte.” Ela começou a trabalhar em projetos que envolviam a restauração de igrejas e o acolhimento de refugiados.

Restaurando a esperança

Através de sua associação com o grupo Il Giardino dei Bambini, baseado na Suíça, Seydi organiza esforços para enviar ajuda humanitária às comunidades que ainda sofrem com as consequências dos conflitos. Desde alimentos até medicamentos, sua missão envolve transportar 22 toneladas de suprimentos para os necessitados no norte do Iraque, especialmente para os yazidis, cristãos e outras minorias que fugiram da violência do ISIS.

“Sou totalmente voluntária. Nós arcamos com nossas próprias despesas, mas isso nunca impediu nosso trabalho”, afirma Seydi, destacando a importância da colaboração entre diferentes denominações religiosas e organizações locais na luta por uma paz duradoura.

Transformando vidas

O impacto do trabalho de Seydi é significativo. “Graças a Deus e a todos os doadores, já conseguimos distribuir bens de primeira necessidade a mais de 2.500 famílias e reformar escolas e hospitais”, compartilha com um sorriso. Além disso, seu projeto mais recente inclui a abertura de centros para crianças abandonadas em Aleppo, proporcionando um lar e esperança para aqueles que perderam tudo. “As condições das crianças nas grandes cidades estão cada vez piores, e sinto que essa é a minha missão”, explica com determinação.

A busca pela paz

Conforme a história de Seydi se entrelaça com a de tantas outras pessoas na Turquia siríaca, o desejo de reconstruir laços se torna ainda mais evidente. Dom Paolo Bizzeti, um sacerdote ativo na região, observa que a emigração forçada de muitos cristãos fez com que as comunidades perdessem suas vozes, mas o retorno de indivíduos como Seydi traz uma nova luz de esperança.

Ao questionar sobre o futuro, Seydi responde: “Não podemos perder a esperança. Minha missão é ajudar aqueles que ainda estão aqui, e fazer isso com amor e fé.” Sua determinação e compaixão não só ressoam na sua cidade natal, mas se espalham por toda a comunidade, mostrando que, mesmo em meio ao desespero, é possível trazer luz e esperança para um futuro incerto.

Um renascimento necessário

Ao final de suas jornadas e esforços, Seydi ensina uma lição valiosa: a verdadeira força não reside apenas na sobrevivência, mas na capacidade de se levantar e ajudar os outros. Na Turquia siríaca, enquanto a linha entre luz e escuridão ainda é tênue, mulheres como Seydi nos lembram que pode-se encontrar esperança mesmo nas situações mais sombrias.

A história de Seydi é um chamado à ação, um convite para que todos nós olhemos para os nossos irmãos e irmãs que sofrem e busquemos formas de ajudar. Porque, em última instância, apenas juntos poderemos reconstruir não só comunidades, mas também corações e vidas.

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