A União Europeia está disposta a aceitar uma tarifa de 10% sobre muitas exportações do bloco em troca de que os Estados Unidos se comprometam com taxas menores em setores estratégicos, como farmacêutico, álcool, semicondutores e aeronaves comerciais. As negociações visam evitar o aumento das tarifas de 25% sobre carros e autopeças e de 50% sobre aço e alumínio, que devem entrar em vigor a partir de 10 de julho, caso não haja acordo.
Pressões por flexibilizações tarifárias
De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a UE está pressionando os EUA por cotas e isenções que reduziriam a efetiva tarifa de 25% sobre veículos e autopeças, além de buscar uma redução nas tarifas de aço e alumínio. A Comissão Europeia, responsável pelas questões comerciais na zona do euro, considera que o acordo favorece ligeiramente os Estados Unidos, mas ainda pode aceitá-lo, mesmo sob condições adversas.
Prazo e possibilidades de entendimento
Os líderes da UE têm até 9 de julho para concretizar um entendimento com o presidente dos EUA, Donald Trump, antes que as tarifas aumentem para 50% sobre quase todas as exportações do bloco. Segundo fontes da Bloomberg, há otimismo de que um acordo provisório possa ser fechado ainda nesta semana, permitindo que as negociações continuem além do prazo. Essas tratativas também englobariam barreiras tarifárias e não tarifárias, além de compras de produtos norte-americanos.
Operação diplomática em Washington
O chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, liderará uma delegação em Washington nesta semana para tentar avançar nas negociações. Conforme apurado, o bloco considera que um acordo preliminar ainda é a melhor estratégia, embora não seja possível definir quanto tempo ele duraria enquanto as negociações prosseguem.
Um porta-voz da Comissão Europeia não respondeu imediatamente às solicitações de comentário sobre o andamento das tratativas.
Possíveis impactos e cenários futuros
Apesar do otimismo, as autoridades europeias ainda enfrentam o desafio de convencer os EUA a reduzirem as tarifas em setores essenciais, garantindo assim um entendimento que evite a escalada tarifária. A continuidade das negociações é vista como fundamental para evitar o aumento dos custos de importação e impactos econômicos mais amplos, especialmente em setores industriais e automotivos.
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