Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, pediu nesta domingo (30) um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas para encerrar o conflito que já dura 20 meses em Gaza, causando a morte de mais de 50 mil palestinos e mais de mil israelenses. A intervenção ocorre após um breve cessar-fogo entre Irã e Israel.
Trump defende acordo para paralisar o conflito em Gaza
Em postagem no Truth Social, Trump afirmou: “FAÇAM O ACORDO EM GAZA. VOLTEM OS REFÉNS!!!”. Ele também declarou que uma resolução poderia ser alcançada na próxima semana. “O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está negociando um acordo com o Hamas, que inclui a libertação dos reféns”, escreveu Trump, criticando processos judiciais contra Netanyahu.
Na sexta-feira, Trump declarou a repórteres que um entendimento entre as partes seria possível em pouco tempo. No sábado à noite, o ex-presidente elogiou Netanyahu e disse que o líder israelense estaria em negociações, enquanto atacava o sistema de justiça do país. “Este julgamento político interfere nas negociações com Irã e Hamas”, afirmou.
Diplomacia e escalada militar
Segundo uma fonte israelense ouvida pela Associated Press, Ron Dermer, conselheiro de Netanyahu, deve visitar Washington nesta semana para discutir o cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense também já se reuniu com seu Conselho de Segurança e planeja uma visita aos EUA nas próximas semanas.
Contexto regional e atualizações na guerra
O movimento de Trump ocorre após o Irã e Israel terem concordado com um cessar-fogo precário em 23 de junho, encerrando a chamada “Guerra de 12 Dias” iniciada após ataque israelense a instalações nucleares iranianas. Mediadores árabes, como Egito e Catar, renovaram esforços para negociar uma trégua em Gaza, onde Hamas insiste que qualquer acordo deve incluir o fim do conflito e a retirada israelense.
Enquanto Trump apela por uma solução diplomática, Israel mantém sua ofensiva militar, ordenando a evacuação em massa de civis no norte de Gaza. Os ataques continuam a se expandir na região central de Gaza, com a população sendo direcionada a abandonar áreas consideradas como zonas humanitárias pelo Exército Israelense.
Perspectivas e próximos passos
Analistas avaliam que o apelo de Trump busca pressionar para uma resolução rápida, em um momento em que os conflitos militares se intensificam. Acredita-se que negociações de alto nível, incluindo visitas de representantes israelenses, possam determinar os próximos passos na crise.
O cenário permanece incerto, com a população de Gaza sofrendo com a escalada do conflito e a busca por soluções diplomáticas ainda em andamento.