A tragédia que abalou a família Marins ocorreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, quando a jovem publicitária Juliana Marins, de 26 anos, caiu em um penhasco. Sua mãe, Estela Marins, que é bióloga, rompeu o silêncio e falou pela primeira vez sobre a morte da filha, afirmando que ela foi assassinada. A indignação e a dor da perda são palpáveis em suas palavras.
A dor de uma mãe: Estela Marins se pronuncia
“Indignação muito grande. Esses caras mataram a minha filha”, declarou Estela em uma emocional entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. O desespero da mãe reflete não apenas a perda da filha, mas também a busca por respostas e justiça em relação ao que aconteceu nas horas após o acidente.
Juliana Marins estava em uma viagem de turismo na Indonésia, onde, segundo relatos, teria caído durante uma trilha em horário aproximadamente às 4h da manhã. O pai da jovem, Manoel Marins, alegou que a primeira tentativa de resgate ocorreu apenas quando o guia da jovem enviou um vídeo da situação, às 6h08, destacando a demora nas ações de socorro.
Os primeiros esforços de resgate
As imagens mostram o guia tentando acessar Juliana apenas com uma corda, sem a devida segurança. O pai de Juliana relatou que a equipe de resgate só iniciou a subida ao local do acidente por volta das 8h30 e chegou ao ponto da queda cerca de seis horas depois. “O que aconteceu ali foi um desrespeito absoluto”, afirmou Manoel, referindo-se à forma como a situação foi conduzida.
De acordo com Manoel, a Defesa Civil da Indonésia foi acionada muito tarde, e a falta de protocolos adequados pode ter contribuído para a demora no resgate. “Se tivessem agido rapidamente, talvez Juliana ainda estivesse viva”, desabafou ele.
Investigação em andamento
A situação gerou uma onda de clamor nas redes sociais, onde amigos e familiares pressionam as autoridades para uma investigação profunda sobre a condução do resgate. A família está buscando uma nova autópsia, depois que o primeiro laudo indicou que a hemorragia interna que causou a morte de Juliana foi resultado de uma lesão no tórax. A análise inicial apontou que a jovem já havia falecido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo, que aconteceu três dias depois da queda.
“Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas”, disse a irmã de Juliana, Mariana Marins, em um emocionante apelo nas redes sociais.
Desafios com a repatriação do corpo
Além da dor emocional, a família enfrenta também complicações logísticas para repatriar o corpo de Juliana. Mariana Marins expressou sua frustração ao relatar que a companhia aérea Emirates não embarcou o corpo devido a superlotação no bagageiro. “Estão tratando isso como se fosse apenas uma carga”, desabafou a irmã, ressaltando a falta de empatia da companhia aérea diante da situação delicada em que a família se encontra.
“A cada dia que passa, a dor só aumenta. Estamos fazendo de tudo para trazer Juliana de volta para casa”, completou Manoel, em um apelo por agilidade e respeito durante este processo tão doloroso.
Reações e clamor público
O caso gerou uma repercussão significativa nas redes sociais, onde muitos brasileiros expressaram suas condolências e apoiaram a família Marins em sua busca por justiça. A hashtag #JustiçaPorJuliana, que se tornou um dos assuntos mais comentados, demonstra a solidariedade do povo brasileiro diante da tragédia e a necessidade de melhorias nos protocolos de resgate em áreas turísticas.
A luta da família Marins é emblemática não apenas por sua dor pessoal, mas também pela discussão em torno da segurança de turistas em áreas montanhosas e de difícil acesso, enfatizando a importância de profissionais capacitados e protocolos de segurança eficientes para evitar que tragédias dessa magnitude voltem a acontecer.
Enquanto a família aguarda as investigações e lida com a dor insuportável da perda, o desejo principal é que a verdade venha à tona e que Juliana Marins receba a despedida digna que merece.