Brasil, 1 de julho de 2025
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STF marca julgamento da antiga cúpula da PM-DF por omissão no 8 de Janeiro

STF iniciará julgamento em agosto de ex-comandantes da PM-DF por suposta omissão em atos golpistas do 8 de Janeiro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o mês de agosto o julgamento da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) por suposta omissão nos atos golpistas ocorridos no dia 8 de Janeiro. A análise será realizada no plenário virtual entre os dias 8 e 18, envolvendo os ministros da Primeira Turma.

Julgmento já foi pautado anteriormente

Esse é o segundo momento em que essa ação penal é pautada. Anteriormente, o julgamento estava agendado para ocorrer em junho, entre os dias 13 e 24, mas foi retirado de pauta sem qualquer justificativa pública. A expectativa é que, desta vez, os ministros do STF dêem continuidade ao processo e analisem as responsabilidades dos réus, que incluem altos oficiais da PM-DF.

Implicações do julgamento para o ex-presidente Bolsonaro

O julgamento da cúpula da PM-DF pode servir como prévia para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela suposta tentativa de golpe de Estado. As acusações enfrentadas pelos réus na PM-DF são semelhantes às que envolvem Bolsonaro, criando um cenário interessante para a análise judiciária. O relator de ambos os processos é o ministro Alexandre de Moraes, que será responsável por apresentar os detalhes da denúncia.

Perfil dos réus e a gravidade das acusações

A lista de réus inclui dois ex-comandantes-gerais da PM-DF e cinco oficiais que ocupavam posições de destaque durante os eventos do dia 8 de Janeiro. A denúncia apresentada leva em consideração falhas significativas no preparo da segurança e mensagens trocadas entre os policiais que demonstravam uma simpatia em relação aos atos golpistas. Este julgamento representa um marco, pois será o primeiro a analisar autoridades envolvidas, após mais de 500 pessoas já terem sido condenadas, entre executores e incitadores dessas ações.

Semelhanças com as acusações contra Bolsonaro

Os crimes atribuídos à cúpula da PM-DF compartilham semelhanças com as acusações contra Jair Bolsonaro e membros de seu governo, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. O processo ocorrerá na Primeira Turma do STF, a mesma que está responsável pelo julgamento relacionado ao ex-presidente.

Composição dos réus e suas funções

Entre os réus estão cinco coronéis da PM. Dois deles, Fábio Augusto Vieira, que era o comandante-geral no dia dos acontecimentos, e Klepter Rosa Gonçalves, que assumiria o comando após a prisão de Vieira, ocupavam posições de liderança na corporação. Os oficiais Jorge Naime Barreto e Paulo José Ferreira de Souza, respectivamente chefe e subchefe do Departamento de Operações, também estão entre os réus. Outros juízes a serem analisados são o major Flávio Silvestre Alencar e o segundo-tenente Rafael Pereira Martins, ambos responsáveis por pelotões do choque durante os atos golpistas.

O que a acusação sustenta

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumenta que há evidências robustas da participação dos réus na disseminação de conteúdos antidemocráticos e que a omissão dos denunciados em relação ao emprego da Polícia Militar foi um fator decisivo para que os atos de depredação às sedes dos Três Poderes pudessem ocorrer. As alegações finais apresentadas pelos sete réus negam as acusações e solicitam a absolvição, tornando a situação ainda mais tensa e complexa para o julgamento que se aproxima.

O julgamento da antiga cúpula da PM-DF no STF não só se destaca pela gravidade das acusações, mas também por seu impacto potencial sobre futuros processos relacionados a outros réus envolvidos nos eventos pós-eleitorais do Brasil. A sociedade aguarda as decisões da corte e como essas poderão repercutir nos desdobramentos políticos do país.

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