A assessora da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi alvo de críticas e comentários irônicos na internet nesta segunda-feira após afirmar que o ex-presidente Donald Trump foi quem criou a expressão “paz através da força”. A declaração foi feita em uma entrevista ao Fox News, durante a qual Leavitt afirmou que Trump demonstrou a força que seus antecessores não tinham ao atacar instalações nucleares iranianas.
Histórico da expressão e repercussões na web
Entretanto, a frase “paz através da força” não foi criada por Trump. O conceito, que remonta à Roma Antiga, foi amplamente utilizado na política norte-americana ao longo das últimas décadas. Sua associação mais notória na história recente inclui o senador Barry Goldwater, candidato à presidência em 1964, e, principalmente, o ex-presidente Ronald Reagan, cujo uso do slogan é bem documentado.
Segundo especialistas, inclusive fontes militares e acadêmicas, a expressão compõe o discurso político há séculos, aparecendo em plataformas de campanha de vários políticos republicanos e até mesmo nos arquivos do USS Ronald Reagan, navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos.
Reações nas redes sociais
Na internet, a declaração de Leavitt virou motivo de memes e comentários bem-humorados. Usuários de redes sociais destacaram que a frase tem uma história de mais de 2 mil anos, o que contrasta de forma divertida com a tentativa de Leavitt de atribuí-la a Trump.
Um internauta comentou: “Se Trump criou essa expressão, então ele também inventou a roda”. Outro brincou que “paz através da força” foi um slogan de Roma, e não de um político dos anos 2000. As críticas também ressaltam a necessidade de verificar os fatos antes de fazer declarações públicas.
Contexto político e a importância de checar fatos
Especialistas em história política reforçam a importância de compreender o contexto cultural e histórico de frases como essa. “Muitos slogans têm origens antigas e são usados por diversos líderes ao longo do tempo. Atribuir a criação de uma expressão tão antiga a um presidente específico mostra a falta de conhecimento histórico”, explica a professora de Ciência Política, Lívia Martins.
Por ora, a polêmica reforça a necessidade de cuidados na comunicação política e a atenção do público às informações compartilhadas por figuras públicas.
