Brasil, 1 de julho de 2025
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Pastor é preso por furtos em igrejas no Paraná

Homem é suspeito de cometer pelo menos 40 furtos em igrejas de diferentes cidades, utilizando sua posição como pastor para planejar os crimes.

Um caso intrigante de crimes contra o patrimônio religioso mobilizou a polícia em diferentes estados do Brasil. O pastor Carlos Henrique Cordeiro Neves, de 53 anos, foi preso na última sexta-feira (27) em Ponta Grossa, no Paraná, sob a acusação de ter praticado pelo menos 40 furtos em igrejas evangélicas. As investigações mostram que o pastor se utilizava da sua condição religiosa para obter informações privilegiadas sobre os objetos de valor nas igrejas, culminando em arrombamentos ousados.

O modus operandi do pastor

As investigações tiveram início após um furto em uma igreja evangélica em Monte Alto, São Paulo, no dia 20 de maio. Um momento crucial ocorreu no dia 9 de junho, quando imagens de câmeras de segurança registraram o pastor arrombando o cadeado de uma igreja em Monte Azul Paulista e, horas depois, voltando para violar dois cofres, levando R$ 800 em doações. De acordo com a Polícia Civil, antes desse crime, Neves havia cometido outro furto em Severínia, onde levou R$ 30 mil de uma igreja.

O delegado Flavio Martins Vilella Tavares, responsável pela investigação, afirma que as ações cuidadosamente planejadas do pastor sugerem um conhecimento prévio sobre as igrejas que ele atacava. “É possível que ele tenha usado o título de pastor para obter informações sobre a localização dos cofres nas igrejas, incluindo participações em cultos antes de praticar os crimes”, relatou o delegado.

Investigação e prisão

Após o series de furtos, a polícia iniciou uma investigação mais aprofundada. A semelhança nos métodos utilizados nos crimes em Monte Alto, Monte Azul Paulista e Severínia levou a Polícia Civil a identificar Neves como principal suspeito. Um relatório de rastreamento do veículo alugado que ele usou durante as ações foi determinante para a captura do pastor.

Neves, que possuía três veículos próprios, optava por alugar carros, uma tática que ele parece ter adotado para despistar a polícia. “Ele sempre aluga veículos para dissimular suas ações. Acreditamos que a maioria dos seus furtos ocorreu durante suas viagens, de acordo com informações de sua esposa”, explicou Tavares.

No dia 9 de junho, Neves se hospedou em um hotel próximo à igreja que planejava arrombar e foi filmado chegando e saindo do hotel com uma maleta que, segundo a polícia, continha ferramentas utilizadas nos arrombamentos. “A imagem dele arrombando o portão é inquestionável. Estamos certos de que foi ele”, assegurou o delegado.

Consequências legais e desdobramentos

Neves ainda não possui advogado constituído e deve responder por furto qualificado, uma infração que pode resultar em uma pena de reclusão de dois a oito anos. O inquérito está em fase de finalização e inclui depoimentos das vítimas e do suspeito, o que pode levar a novas acusações.

O impacto desses crimes é significativo, não apenas pelas perdas financeiras, mas também pela quebra da confiança nas instituições religiosas que, muitas vezes, são vistas como refúgios de segurança e apoio. A comunidade local permanece atenta aos desdobramentos do caso, enquanto os investigadores buscam mais informações sobre possíveis outros delitos cometidos pelo pastor.

Esse impressionante caso de crimes associados ao uso de credenciais religiosas convida a uma reflexão sobre como a confiança e a boa-fé podem ser exploradas por aqueles que supostamente devem ser pilares da moralidade e da ética na sociedade. O que resta agora é aguardar os próximos passos da Justiça e como isso influenciará a segurança nas instituições religiosas em todo o Brasil.

Para mais informações e atualizações sobre o caso, permaneça conectado às notícias da região no g1 Ribeirão e Franca.

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