Brasil, 30 de junho de 2025
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Movimentações políticas em Minas Gerais: PSD mira vice-governador como alternativa

PSD busca alavancar apoio de Mateus Simões, irritando aliados de Pacheco e Lula em um cenário de indefinição pré-eleitoral.

As articulações políticas em Minas Gerais estão se intensificando conforme a candidatura do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao governo do estado em 2026, permanece indefinida. Nesse contexto, o PSD está se movimentando para atrair o vice-governador Mateus Simões (Novo), incluindo-o como um “plano B”, o que tem causado desconforto entre os aliados de Pacheco e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A articulação política em torno de Mateus Simões

Recentemente, em um evento, Simões reconheceu que irá procurar o presidente do PSD, Gilberto Kassab, (caso Pacheco deixe a legenda) para discutir sua filiação ao partido. A possibilidade de Pacheco deixar o PSD neste momento é considerada improvável, mas já surgiram convites para o ex-senador de outras legendas como PSB, MDB e União Brasil. Este movimento tem causado incômodo, com Pacheco expressando sua insatisfação pelo partido estar “com um pé em cada canoa”.

Na busca por fortalecer sua posição, Simões se reuniu recentemente com o ministro Alexandre Silveira, em um encontro oficial que, embora tenha tratado sobre questões de infraestrutura, como a implantação de um gasoduto no Sul de Minas, também foi interpretado como uma aproximação política em relação ao vice-governador. Essa reunião se deu em um momento delicado, logo após um evento do presidente Lula em que Pacheco foi destacado como um provável candidato ao governo.

Desafios e apoio político

Embora o apoio do partido tenha relevância na articulada estrutura política de Minas Gerais, Mateus Simões enfrenta o desafio de um baixo reconhecimento entre os eleitores, tendo apenas 4% das intenções de voto, de acordo com a pesquisa Quaest mais recente. Mesmo assim, ele controla uma ampla articulação política dentro do governo estadual, o que pode ajudar a amplificar sua presença na corrida eleitoral através da filiação ao PSD.

Os membros da sigla veem a entrada de Simões como uma forma de aumentar seu espaço na disputa eleitoral, especialmente quanto ao tempo de televisão que o partido poderá dispor. As estratégias do PSD em Minas têm sido observadas de perto, lembrando a exitosa candidatura de Fuad Noman à prefeitura de Belo Horizonte, que venceu mesmo após iniciar a disputa em situação considerada desvantajosa.

Clima de tensão entre os aliados

A aproximação do PSD com Simões não tem sido bem recebida por todos. Cássio Soares, presidente do PSD mineiro e defensor da filiação de Simões, acredita que essa união pode ser frutífera, mesmo com as tensões criadas. No entanto, até mesmo a própria relação de Simões com Pacheco se tornou complexa, já que Pacheco é considerado um dos principais concorrentes para a vaga ao governo e sua candidatura traz incertezas sobre o alinhamento político do PSD com o governo atual.

O discurso pública de Simões, que se posiciona como alinhado com o presidente Lula, foi colocado à prova após um evento onde expressou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um ato em Belo Horizonte, aumentando as críticas por parte dos aliados de Pacheco. O ministro Silveira, por sua vez, foi alvo de questionamentos internos por sua aproximação com Simões, e suas relações com Pacheco têm sofrido efeitos em sua imagem e conexão política.

Futuro da aliança e perspectivas eleitorais

Assim, o cenário em Minas Gerais se configura como um verdadeiro tabuleiro de xadrez político, onde as movimentações de Simões, a indefinição de Pacheco e a postura ambígua do PSD podem impactar diretamente o futuro eleitoral do estado. Observadores políticos têm indicado que, dependendo de como essa questão se desenrolar, Minas pode ver uma reconfiguração das alianças para 2026, com o PSD buscando ampliar suas bases ao tentar atrair novas lideranças.

Com o fluxo de informações sobre as articulações políticas crescendo, o que se observa é um tensionamento natural entre aliados e possíveis concorrentes, que pode redefinir completamente o contexto eleitoral da região, tornando-o ainda mais dinâmico e desafiador para todos os envolvidos.

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