Brasil, 30 de junho de 2025
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Mercado revisa para baixo projeção de inflação para 2025

Analistas reduzem previsão de inflação para 2025 pela quinta semana consecutiva, mantendo estimativas para os próximos anos

Os especialistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção de inflação para 2025 pela quinta semana consecutiva, segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (30/6) pelo Banco Central. Apesar da redução, as expectativas permanecem acima do teto da meta oficial para o ano.

O que é o relatório Focus

  • O relatório apresenta as expectativas do mercado financeiro, com base em projeções coletadas até a semana anterior à publicação.
  • É divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central.
  • O documento acompanha a evolução das projeções para inflação, taxa de câmbio, juros, crescimento do PIB, entre outros indicadores econômicos.
  • As projeções são elaboradas por mais de 100 especialistas do mercado financeiro, não pelo Banco Central em si.

Inflação

De acordo com o Focus, a previsão de inflação para 2025 foi ajustada de 5,24% para 5,20%. As estimativas para os anos seguintes permanecem inalteradas:

  • 2026: 4,50%
  • 2027: 4,00%
  • 2028: 3,83%

Mesmo com o recuo na previsão de 2025, o mercado continua acreditando que a inflação deve ultrapassar o teto da meta deste ano, de 4,5%. A mudança na projeção mostra um alinhamento maior às expectativas oficiais.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Para ser considerada cumprida, a inflação deve oscilar dentro desse intervalo por seis meses consecutivos.

A partir deste ano, o Banco Central adota uma meta contínua, monitorando a inflação mensalmente. Se o acumulado de 12 meses ficar fora do intervalo por mais de seis meses seguidos, a meta será considerada descumprida.

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,32% nos últimos 12 meses até maio, indicando que o país caminha para mais um ano de desconsideração da meta oficial, que é de 3%. Para junho, o mercado prevê que o IPCA seja de 0,25%.

Taxa de juros

A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano, mantendo o cenário de estabilidade após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Não há expectativa de novas elevações na taxa.

As projeções para os anos seguintes indicam uma redução gradual:

  • 2026: 12,50%
  • 2027: 10,50%
  • 2028: 10%

PIB

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano segue estimado em 2,21%, mesma previsão da semana anterior. Essa expectativa se aproxima da previsão oficial do Ministério da Fazenda, que é de 2,4%. O Banco Central projeta um avanço de 2,1% para 2025.

Para 2026, a previsão do PIB foi revisada de 1,85% para 1,87%. As demais estimativas permanecem em 2% para 2027 e 2028.

O PIB representa a soma de bens e serviços finais produzidos por um país em um período. Uma alta indica crescimento econômico, enquanto uma redução aponta recessão.

No primeiro trimestre, o PIB cresceu 1,4%, impulsionado pelo setor agropecuário, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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