Brasil, 30 de junho de 2025
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Lula perde influência no exterior e é impopular no Brasil, diz The Economist

A revista britânica The Economist critica a liderança de Lula e aponta sua diminuição de popularidade.

A revista britânica The Economist trouxe à tona uma análise contundente sobre a situação política do Brasil, destacando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “perdendo influência no exterior” e se tornando “cada vez mais impopular” dentro do país. Com um olhar crítico sobre a postura do mandatário, a publicação aponta para uma série de fatores que contribuem para essa desaceleração de apoio e credibilidade, tanto em solo brasileiro quanto internacionalmente.

A crítica da Economist

No artigo, a postura do governo Lula é descrita como uma força que torna o Brasil “mais hostil ao Ocidente”. A falta de uma aproximação com os Estados Unidos desde a presidência de Donald Trump é citada como um ponto crítico. Além disso, a revista menciona o aumento da população evangélica e sua ligação negativa com o Partido dos Trabalhadores (PT) como fatores que contribuem para a queda de aprovação de Lula.

Conflitos no Oriente Médio

A Economist também se debruça sobre a postura “agressiva” adotada pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil no contexto do recente conflito entre Israel e Irã. O Itamaraty publicou uma nota condenando os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas, o que pode ser interpretado como um afastamento ainda maior dos aliados tradicionais do Ocidente. A revista sugere que essa percepção pode se intensificar com a aproximação entre Brasil e Irã durante a próxima cúpula do Brics.

Ligações com potências não ocidentais

Segundo o artigo, Lula “não fez nenhum esforço para estreitar laços” com os Estados Unidos desde que Trump tomou posse. Em vez disso, ele estaria buscando mais aproximação com a China e a Rússia, dialogando de forma mais amigável com os líderes Xi Jinping e Vladimir Putin. É destacado, por outro lado, que a relação com a Europa também não é ideal, especialmente pela falta de diálogo com o novo presidente argentino, Javier Milei, devido a “diferenças ideológicas”.

O declínio da popularidade de Lula

Além das questões diplomáticas, a revista aborda a diminuição da popularidade de Lula, que teria sido influenciada pela “inflexão do país para a direita”, impulsionada pelo crescimento do número de evangélicos. O PT é frequentemente associado por parte da população brasileira ao escândalo de corrupção, o que afeta ainda mais a percepção pública sobre o partido e seu líder.

A reflexão do artigo foi complementada com uma menção ao apoio do movimento MAGA (Make America Great Again), que teve sua ascensão entre os aliados de Jair Bolsonaro. Essa aproximação entre figuras da direita brasileira e a ideologia norte-americana pode ser um indicativo de que a política nacional está se deslocando ainda mais para uma posição de oposição ao governo de Lula.

Futuro político e incertezas

Por fim, a matéria termina um alerta sobre o futuro político de Jair Bolsonaro, que enfrenta a ameaça de prisão por supostamente tentar permanecer no poder após perder as eleições de 2022. A articulação da direita em busca de um sucessor pode aumentar a pressão sobre o governo atual, o que poderia gerar uma nova configuração política para as eleições de 2026.

O cenário delineado pela The Economist traz um retrato desafiador da situação política no Brasil, levantando questionamentos sobre as estratégias do governo Lula e seu impacto nas relações internacionais. À medida que o Brasil se posiciona em um mundo cada vez mais polarizado, a habilidade de Lula em navegar esses desafios será crucial para sua continuidade à frente do país e para a influência brasileira no cenário global.

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