A juíza Loretta Preska, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, ordenou nesta segunda-feira que a Argentina transfira sua participação majoritária na petroleira estatal YPF para quitar uma dívida de US$ 16 bilhões. A decisão dá um prazo de 14 dias para a transferência das ações para uma conta global de custódia.
Decisão em meio a disputa judicial e apelações
A sentença decorre de um caso judicial que remonta à expropriação da YPF pelo governo argentino em 2012. Preska havia decidido em 2023 que a nacionalização violou o estatuto da empresa, que previa uma oferta pública de aquisição a todos os acionistas, e ordenou o pagamento de indenizações e juros. A decisão está atualmente em fase de apelação, mas, devido à ausência de garantia financeira por parte da Argentina, a sentença foi sujeita à execução imediata.
Reação do mercado e impacto na YPF
Após a divulgação da decisão, as ações da YPF negociadas nos EUA caíram 5,2%, atingindo cerca de US$ 31,60 por ação, a menor cotação desde abril. Por outro lado, as ações da Burford Capital, empresa envolvida no caso, subiram até 21% em Nova York — sua maior alta desde setembro de 2023 — antes de reverter parte dos ganhos.
Reações oficiais e contexto econômico
O Ministério da Economia da Argentina e o porta-voz do presidente Javier Milei ainda não responderam aos pedidos de comentário sobre a decisão judicial. A Argentina enfrenta uma economia com crescimento abaixo do esperado e dificuldades financeiras, o que influencia o cenário de disputa judicial e o funcionamento da petroleira YPF.
Histórico da YPF e desafios atuais
A YPF, criada em 1922, é a maior produtora de petróleo e combustíveis na Argentina, sendo nacionalizada em 2012 para impulsionar a exploração de reservas de xisto na Patagônia. Apesar do avanço na produção, a empresa foi afetada por interferências do governo nos preços dos combustíveis, impactando sua performance e projeções futuras.
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