Brasil, 30 de junho de 2025
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Jeniffer Nascimento vive momento especial com estreia como protagonista

A atriz celebra sua trajetória e fala sobre representatividade na TV brasileira.

Chegou a vez de Jeniffer Nascimento. Aos 31 anos, e com pelo menos 26 deles dedicados à arte, a atriz vive um momento especial. A partir desta segunda-feira (30), ela estreia como sua primeira protagonista de novela. E a personagem é uma velha conhecida: Dita, que marcou seu segundo papel na TV, em Êta Mundo Bom! (2016). Agora, Dita assume o protagonismo de Êta Mundo Melhor! e lidera uma inspiradora jornada da heroína. Desta vez, a serviçal se transformará em rainha do rádio e dará à Jeniffer a oportunidade de soltar a voz em cena e mostrar a versatilidade de seus múltiplos talentos.

Uma nova fase após a maternidade

A nova novela das 6 é, também, sua primeira após a maternidade. Em dezembro de 2023, Lara veio ao mundo; hoje, com 1 ano e meio, ela já reconhece a mãe na TV – um gesto que dá ainda mais sentido à rotina de gravações de uma protagonista, tão intensa que fez a atriz se mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro junto com seus pais. São eles que formam a rede de apoio da Jeniffer e oferecem todos os cuidados à neta enquanto a filha dá um passo tão fundamental na carreira.

Na relação de mãe e filha, a inspiração é via de mão dupla. Jeniffer se orgulha ao dizer que a maternidade a fez uma atriz melhor, graças à empatia que o maternar propõe. Se colocar no lugar do outro se tornou um exercício mais fácil, ela aponta.

Reflexões sobre representatividade

Nesta entrevista exclusiva ao gshow, que você pode conferir em vídeo, Jeniffer Nascimento abre o coração e o sorriso em celebração à fase extraordinária que tem vivido. A atriz avalia sua trajetória até o protagonismo, relembra críticas em Êta Mundo Bom!, sonha com carreira internacional e reflete sobre temas como fama, autoestima, empoderamento, representatividade negra na TV, haters e preconceito.

Ela ressalta que, há bem pouco tempo, artistas negros viviam em disputa por um único espaço. Ao fazer um balanço da própria experiência enquanto criança preta que sonhava construir uma carreira na TV, Jeniffer se orgulha de ter conseguido driblar a discriminação: “Sempre estudei em escola particular, sempre fui uma das pouquíssimas alunas pretas da escola. E aconteciam coisas comigo que eu não sabia que eram fatores raciais. Mas, talvez por eu não saber naquela época, isso não me parou. Eu achava que ali também era meu lugar, como o de qualquer outra. E isso nunca me fez duvidar do lugar que eu chegaria”.

“Desde muito pequena eu falo: ‘Vou ser artista, vou trabalhar na TV’. E o preconceito nunca foi um fator limitante para que eu chegasse aonde estou.”

A Jeniffer também manda um recado a quem se incomoda com a sequência de protagonistas pretas nas novelas: “A vida inteira todas as protagonistas foram brancas, e ninguém nunca se incomodou. Então, se isso está te incomodando, está na hora de olhar alguma coisa em você que você precisa curar, ressignificar. Porque agora esse vai ser o novo normal.”

Expectativa e preparação para o novo desafio

“Eu lembro que fiquei meio em choque na hora [quando soube que seria protagonista]. Desliguei, contei pra minha família e foi uma festa. Porque todo artista almeja, um dia, estar nesse lugar de protagonista – acho que nós não somos, nós estamos. E eu nunca tinha tido essa oportunidade em uma novela. Então estou muito feliz que esse momento tenha chegado com uma personagem que eu tenho tanto apreço e construí com tanto carinho há nove anos”, afirmou.

Jeniffer, que começou sua carreira aos cinco anos, tem uma visão clara de sua trajetória. “Procuro não me sentir pressionada, porque eu falo que subi de escada, não subi de elevador. Comecei minha carreira com cinco anos de idade, e agora aos 31 estou tendo essa oportunidade. Então eu sei o valor de cada degrazinho que subi. Me preparei pra estar vivendo esse momento, então estou muito mais desfrutando que me cobrando”, completou.

Uma nova esperança para o futuro

A primeira celebração, segundo ela, é por não ter que ser uma só. “Por muito tempo, era só uma de nós, só tinha espaço pra uma. E isso, até inconscientemente, acabava nos afastando um pouco. Porque sempre que a gente se encontrava, a gente estava disputando por um único espaço e o mesmo papel. Está sendo muito feliz poder celebrar esse momento que tem espaço pra todas”, disse.

A Jeniffer também não esconde suas aspirações. “Eu espero muito protagonizar mais histórias agora que essa porta foi aberta pra mim. Quero muito fazer mais coisas no audiovisual, mais filmes e séries, que são coisas que ainda tenho pouco na minha carreira. E eu ouso querer, ainda, e acho que vou ter: quero muito uma carreira internacional”, finalizou.

E agora, com um papel que reflete a sua história e traz à tona a representatividade negra, a trajetória de Jeniffer Nascimento se torna uma inspiração não apenas para ela mesma, mas para tantas outras que sonham em brilhar na televisão brasileira.

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