Brasil, 30 de junho de 2025
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Inflação mantém trajetória de queda e projeta 5,20% ao fim do ano

A previsão de inflação para 2025 foi ajustada para 5,20%, refletindo uma desaceleração contínua mesmo diante do conflito no Oriente Médio

A projeção para a inflação ao final de 2025 foi revisada para baixo, de 5,24% para 5,20%, conforme divulgado no último Boletim Focus nesta segunda-feira. Com essa redução, já são dez ajustes de previsão em 11 semanas, demonstrando uma tendência de arrefecimento dos preços no país.

Contexto e influência do cenário internacional

Apesar da escalada do conflito no Oriente Médio, que elevou temporariamente os preços do petróleo e pressionou o dólar, o mercado se mostrou mais resiliente do que o esperado, estabilizando-se em patamar inferior ao registrado no ano passado, antes mesmo do acordo entre Israel e Irã.

Impactos na confecção da inflação em 2025

Segundo Guilherme Silva, economista da Ativa Investimento, “estamos vendo uma inflação estruturalmente melhor, se arrefecendo”. Ele projeta que o IPCA deverá fechar junho com alta de apenas 0,17%. A desaceleração é puxada principalmente pela queda nos preços de alimentos, resultados do bom desempenho da safra e da menor volatilidade do dólar, como apontado em análises recentes.

Sinal de desaceleração nos preços

A prévia da inflação de junho, o IPCA-15, revelou uma tendência de desaceleração, especialmente devido ao recuo nos preços de alimentos, que tiveram forte influência por conta da chegada de novas safras. Além disso, o Índice de Preço ao Produtor Amplo (IPA), do IGP-M, apresentou variação negativa de 2,53%, indicando uma inflação futura mais baixa para o consumidor.

Câmbio e expectativas de mercado

Analistas do Banco Central revisaram levemente suas projeções para o câmbio no curto prazo, de R$ 5,72 para R$ 5,70 para o final de 2025. Para 2026, a expectativa foi ajustada de R$ 5,80 para R$ 5,79. Essas revisões refletem um ambiente de maior estabilidade no mercado cambial.

Perspectivas futuras

Apesar das incertezas políticas e internacionais, especialistas destacam que o foco do governo permanece na preparação para 2026, com o Congresso sendo apontado como mais interessado em perspectivas de médio prazo do que em reequilibrar as contas públicas nesta fase. As expectativas de crescimento do PIB para este ano permanecem em 2,21%, enquanto para 2026, a projeção foi elevada para 1,87%.

As taxas de juros, de acordo com a previsão do Banco Central, deverão se manter constantes em 15% neste ano, caindo para 12,50% em 2026, e chegando a 10,50% até 2027, antes de estabilizar em 10% nos anos seguintes.

Fontes: O Globo. Para mais detalhes, acesse o Boletim Focus.

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