Brasil, 30 de junho de 2025
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Dodgers enfrentam críticas por bloquear canto em espanhol do Hino Nacional

Durante partida contra o San Francisco Giants em 14 de junho, a cantora colombiana e dominicana Nezza tentou cantar o Hino Nacional em espanhol no estádio dos Dodgers, mas foi impedida por representantes do clube, gerando forte repercussão nas redes sociais e recebendo críticas por sua postura em relação à comunidade latina.

Rejeição do Dodgers ao canto em espanhol e protesto de Nezza

Nezza, que já havia interpretado diversas vezes o Hino em shows e eventos, planejava cantar parte em espanhol, devido ao momento político e às recentes operações de imigração na cidade de Los Angeles. Antes da apresentação, ela e sua equipe perguntaram sobre a possibilidade, e a resposta do clube foi ambígua. No dia do jogo, ela decidiu cantar em espanhol mesmo assim.

Em seus vídeos no TikTok, Nezza relatou que foi informada de forma oficial que o clube não autorizaria a versão espanhola, mas ela decidiu seguir em frente. “Eu fiz mesmo assim, para minha gente”, afirmou em uma das publicações, que viralizaram, acumulando quase 14 milhões de visualizações.

Reações à hipocrisia e às raízes da história do estádio

Muitos internautas comentaram sobre a contradição entre o apoio declarado pelo clube à diversidade e a recusa em permitir a manifestação cultural em espanhol, língua falada por uma parcela significativa da torcida e da comunidade local. Alguns fizeram conexões com a história de Chavez Ravine, área onde fica o estádio e que foi palco de despejos forçados de comunidade mexicano-americana na década de 1950, na tentativa de apagar sua presença histórica na região.

“Achei que o Dodgers finalmente iria apoiar seus fãs latinos, mas deu nisso”, comentou um torcedor, que afirmou que não voltará aos jogos enquanto a postura do clube não mudar.

Resposta oficial e a história do Hino em espanhol

A cantora ressaltou que, sob a política de Roosevelt, em 1945, foi criada uma versão em espanhol do Hino Nacional, intitulada “El Pendón Estrellado”, escrita por Clotilde Arias, uma compositora peruano-estadunidense. Essa versão é a única oficialmente reconhecida para ser cantada em eventos públicos na língua espanhola.

Apesar disso, o Dodgers decidiu não permitir a interpretação em espanhol, reforçando a controvérsia e a acusação de hipócrisia por parte de parte da torcida e do público em geral.

Repercussão e apoio à cantora

Nezza recebeu inúmeras mensagens de apoio, com internautas criticando a postura do Dodgers de forma contundente. Muitos elogiaram sua coragem de protestar e defender sua cultura, mesmo diante da proibição oficial. Além de suas ações nas redes sociais, ela participou de programas de televisão e discursos na Câmara Municipal de Los Angeles, fortalecendo a mobilização por mais representatividade.

Por outro lado, alguns defensores alegaram que ela não deveria politizar o ato ou que a interpretação em espanhol poderia ser vista como uma provocação. Contudo, a maioria da comunidade latina apoiou sua iniciativa, destacando a importância de visibilizar a diversidade cultural e enfrentar o silêncio institucional.

Implicações e próximos passos

A controvérsia reacendeu debates sobre racismo estrutural, identidade cultural e a responsabilidade de grandes instituições esportivas na inclusão de minorias. A denúncia de Nezza expõe uma contradição evidente: enquanto o clube reivindica apoio à diversidade, suas ações aparentam excluir a própria comunidade que representa.

Espera-se que o episódio leve o Dodgers a refletir mais profundamente sobre suas atitudes e políticas internas. Enquanto isso, Nezza continua engajada na luta, buscando ampliar o diálogo sobre imigração e cultura na cidade de Los Angeles.

**Meta description:** Dodgers são criticados após impedirem cantora de interpretar o Hino Nacional em espanhol, revelando hipocrisia e racismo estrutural na equipe.

**Tags:** Dodgers, Nezza, Hino Nacional, imigração, racismo estrutural, Los Angeles

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