Brasil, 30 de junho de 2025
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Brasil avança na regulamentação do mercado de carbono e empresas apostam na restauração florestal

Empresas brasileiras se consolidam no mercado de créditos de carbono, com metas de recuperação de áreas e potencial para remoção de milhões de toneladas de CO2.

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil ainda está em estágio inicial, mas empresas nacionais já atuam fortemente nesse setor estratégico. A Re.green, especializada em projetos de restauração florestal, tem como meta atingir 1 milhão de hectares de áreas degradadas restauradas até 2032, o que resultará na remoção de 15 milhões de toneladas de carbono por ano.

Iniciativas e avanços no mercado de créditos de carbono

Segundo Mariana Barbosa, diretora Jurídica e de Relações Institucionais da Re.green, “quando a árvore cresce, ela não apenas remove carbono, mas também contribui para a conservação da biodiversidade e a geração de empregos”.A empresa possui atualmente 26 mil hectares sob gestão, sendo 12 mil hectares de áreas restauradas.

Durante o seminário de preparação para a COP30, o Brasil comemorou avanços nas negociações, embora observadores tenham avaliado o resultado como “morno”, indicando a necessidade de maior compromisso internacional (O Globo).

Perfil das empresas no mercado de créditos de carbono

Mariana explica que há historicamente dois perfis principais de empresas que apostam na certificação de créditos de carbono: as de tecnologia, como a Microsoft, que já possuem contratos com a Re.green, e aquelas com forte foco em políticas ESG. Outra companhia que entrou no segmento de restauração de florestas é a Biomas, com meta de restaurar 2 milhões de hectares em 20 anos, iniciando em 2022.

Perspectivas econômicas e estratégias de investimento

O CEO da Biomas, Fabio Sakamoto, afirma que o número de créditos de carbono gerados depende de fatores como financiamentos e localização, além de destacar que o investimento médio para restauração é de R$ 30 mil por hectare, variável conforme o projeto. O final tenso da Conferência de Bonn mostrou desafios na definição de metas globais.

Sakamoto destaca que o crédito de carbono é um investimento de longo prazo, com maior aporte financeiro nos primeiros cinco anos de um projeto. Ele explica que a floresta leva cerca de 40 anos para crescer totalmente, gerando créditos ao longo de toda essa fase.

Impactos e desafios do mercado de carbono no Brasil

Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta obstáculos relacionados ao financiamento e à operacionalização dos projetos. A EQAO, por exemplo, atua no mercado de créditos de carbono ajudando empresas a reduzir suas emissões ou monitorando projetos existentes, desde aterros sanitários até fazendas de animais. Ricado Esparta, diretor técnico da companhia, destaca que a viabilidade dos projetos é avaliada previamente, com remuneração baseada na quantidade de créditos gerados.

A expectativa é que a ampliação do mercado de carbono contribuía para a transição para uma economia mais sustentável e a realização de metas ambientais nacionais e internacionais, especialmente em um contexto de discussões cada vez mais intensas na COP30 e reuniões preparatórias.

Para mais informações, acesse a reportagem completa.

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