Brasil, 30 de junho de 2025
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Alta na criação de empregos desacelera, mas mercado mantém força

Apesar do crescimento mais lento, o mercado de trabalho permanece robusto, mesmo com desaceleração influenciada pela política monetária

Os dados mais recentes mostram que, em maio, a geração de vagas de trabalho no Brasil atingiu cerca de 130 mil empregos, sinalizando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando foram criadas aproximadamente 180 mil vagas, segundo informações do Ministério do Trabalho. Apesar da redução, o mercado continua forte, aliado a uma taxa de desemprego ainda baixa, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Desaceleração do mercado de trabalho e impacto da política monetária

Especialistas apontam que essa desaceleração já era esperada e reflete os efeitos do aumento da taxa de juros pelo Banco Central. “A desaceleração do crescimento do emprego pode ser o início dos efeitos da alta taxa de juros. O mercado de trabalho responde de forma mais lenta às políticas econômicas, com efeitos manifestando-se após vários trimestres”, explica André Mancha, professor da FEA-USP e gerente da JOI Brasil.

De acordo com Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, a moderação na geração de empregos era prevista e acompanha a tendência de redução no ritmo de crescimento ao longo do ano. “Em termos sazonais, a geração de vagas caiu de aproximadamente 180 mil em abril para 130 mil em maio, e a média móvel de três meses passou de 190 mil para 136 mil vagas”, detalha.

Perspectivas para o mercado de trabalho em 2025

A projeção da Monte Bravo é de que o país possa gerar cerca de um milhão de empregos neste ano, mesmo com a desaceleração. “Embora os números indiquem uma acomodação no ritmo de contratação, o mercado ainda mantém vigor, especialmente nos setores formal e informal”, afirma Costa.

Segundo levantamento recente, o PIB deve crescer apenas 0,2% neste trimestre, refletindo a desaceleração econômica. No entanto, o mercado de trabalho permanece resiliente, com a taxa de desemprego ainda considerada baixa. “É importante acompanhar os próximos meses para verificar se essa tendência de desaceleração se consolida ou há uma recuperação”, conclui Mancha.

Esses dados reforçam a necessidade de monitoramento contínuo do cenário econômico e do mercado de trabalho, atentos às possíveis mudanças na política monetária e aos seus efeitos na economia real.

Fonte: O Globo

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