Brasil, 1 de julho de 2025
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Ações dos EUA atingem recordes com otimismo comercial e expectativas de cortes de juros

Wall Street alcançou novos picos recentes, impulsionada por sinais de avanços nas negociações comerciais e projeções de cortes de juros pelo Fed

As bolsas dos Estados Unidos encerraram a segunda-feira em alta, com o Dow Jones subindo mais de 0,6%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 atingiram recordes históricos, refletindo otimismo em meio às negociações comerciais e às expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

Índices em alta impulsionados por avanços e resultados de gigantes tecnológicos

O Dow Jones registrou alta de mais de 0,6%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 cresceram cerca de 0,5%, com ambos os índices fechando acima de 6.200 pontos, indicando o melhor trimestre desde dezembro de 2023. As ações de tecnologia lideraram essas altas, com destaque para a Apple, que registrou expressivas valorizacões.

A Oracle, por sua vez, disparou após anunciar um contrato de serviços em nuvem avaliado em US$ 30 bilhões anuais, e os bancos também avançaram, após passarem no teste de estresse anual do Federal Reserve, o que abre caminho para distribuição de dividendos.

Expectativas de cortes de juros e resistência do mercado

Investidores apostam que o Federal Reserve retomará os cortes de juros, levando ao melhor desempenho semestral dos títulos do Tesouro em cinco anos. O dólar, por sua vez, acumula sua sequência mais longa de quedas mensais desde 2017, reforçando o clima de otimismo.

Anthony Saglimbene, da Ameriprise, destacou que os mercados mostraram resiliência diante de choques geopolíticos e incertezas comerciais, principalmente porque as condições econômicas permanecem sólidas. “Os mercados se mostraram notavelmente adaptáveis e resistentes,” afirmou.

Perspectivas e riscos na política monetária e geoeconômica

Segundo analistas do Goldman Sachs, há uma chance de corte de juros pelo Fed já em setembro, já que os efeitos inflacionários das tarifas parecem menores do que o esperado. Apesar do otimismo, há alertas sobre possíveis riscos, como uma bolha de ativos devido a fluxos de investidores em busca de cortes na taxa de juros, e uma temporada de balanços que pode colocar à prova a sustentação do recente rally.

O relatório de emprego de junho, que será divulgado na próxima quinta-feira, deve apontar desaceleração na criação de vagas, e uma leve alta na taxa de desemprego, o que pode influenciar a postura do Fed. Estrategistas do JPMorgan Chase e do Morgan Stanley divergem quanto ao impacto de possíveis cortes futuros, especialmente em cenário de desaceleração econômica.

Na política comercial, avanços e tensões

Com o prazo de 9 de julho para acordos comerciais se aproximando, a União Europeia mostra disposição para aceitar uma tarifa de 10%, mas busca excluir algumas áreas, enquanto Trump ameaça impor tarifas ao Japão. Segundo Fawad Razaqzada, da City Index, o avanço nas negociações tende a ser o maior catalisador para os mercados, embora surpresas ainda possam ocorrer.

No contexto dos riscos, analistas do Bank of America alertaram sobre o potencial de uma bolha especulativa se os fluxos de capitais continuarem focados nas ações na expectativa de cortes nas taxas de juros, mesmo diante de sinais de desaceleração econômica e alta nas tarifas.

Fundamentos econômicos e estratégias de investimento

Especialistas acreditam que fundamentos econômicos sólidos devem atuar como amortecedores contra impactos negativos de notícias adversas, como tarifas ou conflitos políticos. Seema Shah, da Principal Asset Management, ressaltou a importância de uma carteira diversificada para suportar cenários de alta volatilidade.

Por outro lado, estrategistas do Goldman Sachs alertam que margens de lucro das empresas podem ser pressionadas pela guerra comercial, exigindo atenção especial à temporada de balanços. Ainda assim, se o cenário de desemprego se manter controlado, as ações americanas continuam com potencial de alta, mesmo diante das incertezas.

Para a analista Ulrike Hoffmann-Burchardi, do UBS, embora manchetes sobre tarifas possam gerar oscilações, não devem ser gatilhos de uma liquidação prolongada, reforçando a visão de que mercados em geral permanecem resilientes, aguardando novos sinais de política econômica e comercial.

Mais detalhes sobre o desempenho dos mercados e as projeções podem ser acessados neste link.

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