Brasil, 29 de junho de 2025
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Operação desmantela golpes cibernéticos com perfis falsos de hotéis

Polícia Civil do Piauí prende suspeitos de aplicar golpes com perfis falsos de hospedagem; prejuízo já ultrapassa R$ 100 mil.

A Operação Falso Check-In, conduzida pela Polícia Civil do Piauí, resultou na prisão de diversos suspeitos envolvidos em um esquema de golpes cibernéticos utilizando perfis falsos de hotéis e pousadas. A ação, que ocorreu na quinta-feira (26), cumpriu 66 mandados judiciais entre prisões temporárias e buscas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. O objetivo principal era localizar os responsáveis pela criação de perfis fraudulentos que enganavam turistas em busca de acomodações no litoral do Piauí.

O que motivou a operação?

A operação foi desencadeada após o aumento de denúncias sobre golpes que envolviam perfis falsos nas redes sociais. Os criminosos criavam contas que imitavam hospedagens legítimas, atraindo vítimas com ofertas de preços irresistíveis. Segundo o delegado Humberto Mácola, 22 suspeitos foram identificados e são investigados pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). “A intenção era localizar esses indivíduos que utilizavam virtualmente a imagem de estabelecimentos para aplicar esses crimes”, destacou o delegado.

Como os golpistas atuavam?

O método empregado pelo grupo é bastante elaborado. Eles utilizavam cinco perfis falsos que imitavam as contas oficiais de hotéis e pousadas, divulgando promoções em redes sociais, especialmente no Instagram. De acordo com as investigações, ao serem contatados, os golpistas direcionavam as vítimas para conversas no WhatsApp, onde prosseguiam com o engano. O uso de uma linguagem típica de recepção era um dos fatores que ajudava a enganar os turistas.

Em um depoimento, um dos presos admitiu a prática e declarou que gerenciava um dos perfis falsos. Ele confirmou que, apesar de ser seu, não tinha controle sobre outros perfis que também estavam envolvidos nos golpes. Essa fragmentação da operação cria desafios adicionais para as autoridades em descobrir toda a rede de complicidade.

Mandados e prisões

Conforme informações da DRCI, os 66 mandados de prisão e busca foram expedidos pela Central de Inquéritos de Teresina e abrangem diferentes cidades em São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG). Os mandados incluem:

  • São Paulo (SP): 14 mandados;
  • Guarulhos (SP): 3 mandados;
  • Itapevi (SP): 2 mandados;
  • Osasco (SP): 1 mandado;
  • Praia Grande (SP): 1 mandado;
  • São Sebastião do Paraíso (MG): 1 mandado (prisão de uma mulher de 45 anos).

Além das prisões, a Justiça também determinou o bloqueio de 22 contas bancárias associadas aos investigados, como forma de garantir eventual ressarcimento às vítimas.

Número de vítimas e prejuízos

Até o momento, 18 vítimas registraram boletins de ocorrência contra o esquema, mas esse número pode aumentar à medida que mais pessoas se manifestem após a divulgação da operação. O delegado Mácola revelou que já houve novas denúncias relacionadas a pessoas que foram enganadas pelos mesmos esquemas.

O prejuízo total estimado ultrapassa R$ 100 mil. No entanto, aplicando os termos da investigação, o valor exato ainda está sendo apurado, visto que novos casos e vítimas continuam aparecendo.

Próximos passos da investigação

A investigação, no entanto, não se encerra com essas prisões. As autoridades continuam a busca por mais envolvidos na operação e buscam esclarecer o total de vítimas e a extensão do esquema criminoso. De acordo com o delegado, é crucial que a população esteja atenta e denuncie qualquer atividade suspeita relacionada a ofertas de hospedagem em redes sociais.

A Operação Falso Check-In abre um importante precedente na luta contra crimes cibernéticos, e a Polícia Civil do Piauí reafirma seu compromisso em desmantelar redes criminosas que se aproveitam da boa fé dos cidadãos.

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