As oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes proporcionam um reencontro inesperado entre Lionel Messi e o Paris Saint-Germain (PSG). O clube francês, que foi o último grande destino de Messi na Europa, enfrenta o surpreendente Inter Miami, equipe que avançou em um grupo que incluía Palmeiras, Al-Ahly e Porto. A partida promete ser emocionante e acontece hoje, às 13h (horário de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta.
O passagem de Messi em Paris
A passagem de Lionel Messi pelo PSG, que começou em 2021, resultou em um desempenho notável, mesmo que não tenha alcançado as alturas de sua época no Barcelona. Em 75 jogos, Messi marcou 32 gols e fez 34 assistências. Esse desempenho ajudou o craque a conquistar sua sétima Bola de Ouro, poucos meses após sua chegada, motivado pelo sucesso na Copa América com a seleção Argentina.
Entretanto, para os torcedores franceses, a estadia de Messi não trouxe o esperado. Em combinação com Neymar e Mbappé, o trio não conseguiu emplacar, mesmo com o PSG mantendo o domínio no Campeonato Francês. O grande sonho de conquistar a UEFA Champions League ficou fora de alcance, com o clube sendo eliminado nas oitavas de final em duas temporadas, após já ter sido vice-campeão e semifinalista em anos anteriores.
Um PSG renovado e mais econômico
Desde a saída de Messi, a abordagem do PSG se transformou significativamente. O clube passou a focar na contratação de jovens e promissores talentos, diversificando sua estratégia e diminuindo os salários. O saldo financeiro da equipe melhorou consideravelmente nos últimos anos.
Na última temporada de Messi, o PSG gastava cerca de 348,8 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,2 bilhões) em salários. Atualmente, esse valor caiu para 196,7 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão), refletindo uma redução de 44% na folha salarial. Essa mudança foi crucial para a reestruturação financeira do clube, que começou a se reerguer no cenário europeu.
Além disso, embora o PSG continue a investir em contratações, a receita com vendas também aumentou drasticamente, chegando a 340,7 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) nesta e na última temporada, quase quatro vezes o valor das duas temporadas anteriores. Essa reestruturação permitiu ao clube conquistar a Copa da França, que havia sido uma ausência notável durante a “era Messi”.
Retorno às vitórias e nova identidade
Recentemente, o PSG completou a tríplice coroa internacional pela primeira vez em sua história, conquistando também o Campeonato Francês e a UEFA Champions League, com um elenco significativamente mais jovem, sob a liderança do treinador Luis Enrique. Com uma média de idade de apenas 23,8 anos, o time se apresenta mais coeso, adaptado às novas filosofias de jogo, algo que foi impossível durante a etapa recheada de estrelas com Messi, Neymar e Mbappé.
A chegada de uma nova era no PSG não significa que Messi se afastou por completo dos grandes palcos. Aos 38 anos, ele continua a brilhar, vivendo uma fase de superstar no futebol dos Estados Unidos. Recentemente, decidiu uma partida em que o Inter Miami venceu o Porto por 2 a 1, marcando um gol de falta significativo, que foi fundamental para a classificação da equipe às oitavas de final.
O reencontro de Messi com o PSG neste torneio ressoa tanto com memórias do passado quanto com as mudanças dinâmicas que moldaram o presente do clube. A trajetória do craque argentino nos próximos capítulos promete ser tão emocionante quanto sua estada no futebol europeu, agora na nova arena do futebol americano.
