Brasil, 29 de junho de 2025
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Centão busca construir candidatura de Tarcísio de Freitas para 2026

Partidos do Centrão se mobilizam para apoiar o governador Tarcísio de Freitas em 2026, desafiando Jair Bolsonaro a aposentar sua candidatura.

Os partidos do Centrão estão se movimentando para estabelecer uma candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mesmo sem um sinal claro do ex-presidente Jair Bolsonaro, siglas como PP e União Brasil já começam a pressionar internamente para que a questão saia das conversas restritas e ganhe visibilidade pública. O desafio é criar uma chapa competitiva para enfrentar o atual governo e marcar presença nas eleições de 2026.

Pressão interna por uma candidatura viável

No caso do PP, emergem entre os nomes possíveis candidatos como o presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), e a senadora Tereza Cristina (MS), que já esteve cotada para a vice-presidência na chapa de Bolsonaro em 2022, mas acabou preterida pelo general Braga Netto. Por sua vez, o União Brasil avalia a importância de um nome forte para suas pretensões políticas, considerando seu tamanho e relevância no cenário eleitoral.

Os acenos para Tarcísio de Freitas também estão se intensificando por parte do Republicanos, MDB e PSD, que demonstram interesse em herdar o governo do estado de São Paulo. Entretanto, essas movimentações têm causado desconforto entre os aliados de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já criticou o governador, rotulando-o de “direita permitida”.

A busca por unidade na direita

Um dos nomes que tem trabalhado para unir esses partidos em torno de uma candidatura sólida para 2026 é o ex-presidente Michel Temer. Ele já entrou em contato com diversos líderes políticos interessados no Palácio do Planalto, incluindo Tarcísio, levantando a possibilidade de uma candidatura que não envolva diretamente Bolsonaro. Essa abordagem gerou desconforto no círculo bolsonarista, levando a uma crítica direta ao governador por estar associado ao projeto que poderia excluir o ex-presidente.

Apesar de a relação entre Bolsonaro e Temer não ter sido rompida, o ex-presidente tem demonstrado resistência em apoiar outros candidatos. Ele insiste em permanecer relevante e, mesmo inelegível, proclama seu desejo de ser candidato novamente, não comprometendo o apoio a nomes como Eduardo, Flávio e Michelle Bolsonaro, que também são analisados nas pesquisas de intenção de voto.

A pressão para indicar um sucessor

Com o cenário político se desenhando, partidos do Centrão estão alarmados com a intenção de Bolsonaro de manter a candidatura própria, alegando que o ideal seria que ele definisse um sucessor antes do final deste ano. Antonio Rueda, presidente do União Brasil, e ACM Neto, vice-presidente do partido, expressaram suas preocupações, apontando que essa incerteza atrapalha a articulação de uma chapa forte.

Na visão dos dirigentes, um nome ligado à centro-direita para a chapa seria primordial para facilitar a articulação política caso Tarcísio vença as eleições. A inclinação é de que a presença de um ex-governador ou uma figura aglutinadora poderia fortalecer a oposição ao governo atual, que é comandado pelo Partido dos Trabalhadores.

Os aliados de Bolsonaro, por sua vez, se sentem incomodados com a pressão para que Tarcísio seja rapidamente apresentado como uma alternativa presidencial. Nomes próximos ao ex-presidente começam a falar mais abertamente sobre as opções, enfatizando a importância dos membros da família Bolsonaro na disputa eleitoral, embora esse movimento ainda busque minimizar a força da candidatura do governador.

Conclusão e citação dos possíveis candidatos

No desenrolar dos próximos meses, nomes como Eduardo, Flávio e Michelle Bolsonaro continuarão a ser considerados enquanto os partidos tentam organizar uma concordância em torno de uma candidatura única. Flávio Bolsonaro, em recente entrevista, afirmou: “O povo se sensibiliza com quem é perseguido injustamente, e a cada dia Bolsonaro fica mais forte.” Contudo, ele evitou atender ao apelo do Centrão para declarar candidaturas, reiterando que a direita poderá vencer Lula nas próximas eleições.

Enquanto isso, o governador Tarcísio, embora ainda defenda ser um aliado de Bolsonaro, é constantemente sondado como um nome atraente para as forças que desejam se unir contra o governo atual. Se Bolsonaro optar por não se candidatar, os olhares estarão voltados para ele e outros governadores como Ratinho (Jr.), Ronaldo Caiado e Romeu Zema, que são nomes cogitados para preencher a lacuna deixada por um boto fora da corrida presidencial.

Este quadro revela um jogo político complexo, onde a pressão por uma decisão clara de Jair Bolsonaro é vital para direcionar o futuro das candidaturas da direita para as eleições de 2026.

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