Desde sua concepção até as filmagens, “Tubarão” de Steven Spielberg é cercado de detalhes fascinantes que transformam a forma como vemos o filme atualmente. Conheça 13 fatos de bastidores que revelam truques, desafios e influências por trás da obra-prima de 1975.
O impacto de um livro antes da adaptação
Spielberg obteve uma cópia avançada do romance “Jaws”, de Peter Benchley, antes de sua publicação e logo percebeu o potencial para transformar a história em filme. Apesar de os direitos estarem nas mãos de outros produtores, um contato com Benchley ajudou a consolidar a sua visão, segundo fontes do próprio autor.
Diferenças entre livro e filme
O filme eliminou várias subtramas do livro, incluindo uma história de romance entre Ellen Brody e Matt Hooper – que, na obra literária, tinha um passado amoroso com o irmão mais velho de Hooper. Essa mudança resultou em um final menos dramático, refletindo o tom mais tenso do filme.
Participação de Benchley na produção
O autor Peter Benchley faz uma breve aparição na tela como um repórter de TV cobrindo o que acontece na praia, uma participação natural dado seu histórico como repórter de televisão.
Escolha do ator para Matt Hooper
Richard Dreyfuss, que interpreta Hooper, não foi a primeira escolha de Spielberg. O diretor inicialmente considerou Jon Voight, Timothy Bottoms e Jeff Bridges, até que George Lucas sugeriu Dreyfuss, após trabalharem juntos em “American Graffiti”. Apesar de relutante inicialmente, o ator aceitou após uma segunda conversa com Spielberg.
Filmagens subaquáticas e imprevistos
Antes das filmagens principais, Spielberg contratou os australianos Ron e Valerie Taylor para capturar cenas com um grande tubarão branco real. Contudo, as filmagens foram complicadas e nem sempre saíram como planejado, embora renderem cenas icônicas.
Escolha da locação e a criação do tubarão mecânico
Martha’s Vineyard foi escolhida não só por sua beleza, mas por sua profundidade e simplicidade para a instalação do tubarão mecânico, que foi construído por Bob Mattey. Foram construídos três “Bruce” – nomes dado ao tubarão, em homenagem ao advogado de Spielberg – custando cerca de 250 mil dólares cada.
Desafios com o efeito especial
O designer de produção Joe Alves temia que o tubarão não fosse assustador, por pensar que ele bojaria e faria ruídos engraçados. O maior desafio era fazer o tubarão parecer real e aterrorizante em cena.
A trilha sonora que virou ícone
John Williams criou a famosa música-tema do filme, inicialmente considerada simples por Spielberg. Williams usou notas graves e rítmicas para construir uma sensação primal de medo, que se tornou símbolo do filme.
Inspirações para o personagem Quint
As características do marinheiro Quint, interpretado por Robert Shaw, foram parcialmente inspiradas por Craig Kingsbury, um oficial de Martha’s Vineyard, que quase teria sido escalado para o papel. Sua personalidade ajudou a dar autenticidade ao personagem.
Cena cortada por questão de direitos
Uma cena envolvendo uma exibição de “Moby Dick” na Amity foi removida porque o autor Gregory Peck possuía os direitos do filme de 1956. Essa mudança alterou possíveis referências culturais na história.
Conflitos entre atores
Shaw e Dreyfuss tiveram uma relação conturbada durante as filmagens, com acusações de arrogância e comportamentos excessivos, incluindo brigas que resultaram em ações como o arremesso de uma bebida e o uso de extintores de incêndio em cena.
O famoso comando improvisado
A frase “Você vai precisar de um barco maior”, dita por Roy Scheider, é, na verdade, uma improvisação do ator. Ela se tornou um dos diálogos mais marcantes de “Tubarão”, simbolizando o medo e a vulnerabilidade na história.
O legado de bastidores
Esses fatos mostram como dificuldades técnicas, escolhas de elenco, influências externas e improvisos criaram um filme que permanece como uma referência no cinema de suspense e efeitos especiais. Cada detalhe contribuiu para a atmosfera tensa e o sucesso duradouro de “Tubarão”.