Brasil, 28 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Reversão do decreto do IOF reduz impacto para o bolso, mas desafia arrecadação

Após derrubada, alíquotas do IOF voltam ao padrão anterior, beneficiando consumidores, mas prejudicando previsão de receita do governo em 2025

A derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provocou a retomada das alíquotas anteriores, gerando o terceiro movimento de ajuste em pouco mais de um mês. A medida impacta a arrecadação federal, que deve perder cerca de R$ 12 bilhões em 2025, segundo dados da Receita Federal.

efeitos da reversão no seu bolso

Viagem ao exterior

Como estava

Antes da revogação, o IOF para operações de câmbio em viagens internacionais era unificado em 3,5%, incluindo transferências por cartão, compra de moeda em espécie, empréstimos externos e remessas de recursos. Ainda havia isenções para investimentos estrangeiros e retorno de capitais ao Brasil.

Como voltou a ficar

Agora, as operações de câmbio têm as seguintes alíquotas:

  • 1,1% para compra de moeda em espécie;
  • 3,38% para transações de cartão e débito internacional;
  • 0,38% na entrada de recursos não especificados;
  • 1,1% para remessas ao exterior e empréstimos de curto prazo.

A reversão elimina o efeito da nova alíquota de 3,5%, que tinha sido adotada após a edição do decreto no final de maio, retornando às condições anteriores de tributação.

Crédito para empresas

Como estava

Com o decreto, o IOF sobre operações de crédito para empresas subiu para 3,38% ao ano, enquanto para empresas do Simples Nacional a alíquota chegou a 1,95%. Além disso, houve aumento na tributação de operações de risco sacado e na compra de cotas de fundos de direitos creditórios (FIDC).

Como voltou a ficar

As alíquotas retornaram aos patamares anteriores:

  • 1,88% para empresas em geral;
  • 0,88% para o Simples Nacional;
  • Operações de risco sacado, de isentas passaram a ser isentas novamente;
  • Cotas de FIDC voltaram a ser isentas.

Previdência VGBL

Como estava

Havia isenção para aportes de até R$ 300 mil anuais até 2025 e de R$ 600 mil a partir de 2026, além de isenção para contribuição patronal. A partir da revogação, a alíquota de 0% passou a valer para aportes mensais sem limite de valor.

Investimentos e finanças: impacto das mudanças

Embora o decreto anterior tenha sido revogado, o governo adotou uma medida provisória (MP) que aumenta tributos sobre apostas esportivas (bets), fintechs e outros setores, podendo elevar a arrecadação em R$ 10,5 bilhões neste ano. A MP também prevê elevações de impostos para os mais ricos, como o Imposto de Renda, a partir de 2026, caso seja aprovada pelo Congresso.

Mais detalhes sobre a MP

Outros aspectos não alterados

Apesar da revogação, operações como importação, exportação, entrada e retorno de recursos de investidor estrangeiro, dividendos, juros sobre capital próprio e operações interbancárias permanecem sem alteração nas alíquotas do IOF.

Desafios fiscais do governo

A volta às alíquotas anteriores representa um desafio para a arrecadação de receitas, especialmente em um cenário de crescimento ainda incerto e necessidade de sustentar programas sociais e investimentos públicos. Especialistas alertam para a importância de ajustar o orçamento diante dessas mudanças frequentes.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes