Brasil, 28 de junho de 2025
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Por que Trump nunca deveria ter abandonado o acordo nuclear com o Irã

Ex-negociador da JCPOA comenta os efeitos da decisão de Trump de romper o pacto e reforça a importância de uma diplomacia firme

Ao deixar o Acordo Nuclear do Irã em 2018, o então presidente Donald Trump comprometeu uma estratégia diplomática que vinha sendo construída desde 2009 e que, segundo especialistas, era a melhor alternativa para evitar a militarização nuclear iraniana. A decisão gerou tensões na região e aumentou o risco de conflito.

A trajetória do acordo nuclear

O ex-negociador da JCPOA, que participou das negociações de 2015 em Viena, defende que a diplomacia foi a melhor saída para conter o programa nuclear iraniano. “O acordo foi resultado de um esforço de vários anos, envolvendo diplomatas, cientistas e especialistas de diversos países”, afirma. Segundo ele, a estratégia de pressão econômica aplicada pelos países ocidentais, liderada pelos EUA de Obama, foi fundamental para convencer o Irã a negociar.

Pressões internacionais e limites impostos ao Irã

Durante o governo Obama, foram aplicadas sanções econômicas severas, incluindo ações da Organização das Nações Unidas que atingiram de forma ampla o setor nuclear iraniano. Essas medidas pressionaram o Irã a sentar à mesa de negociações, culminando na assinatura do JCPOA em 2015, que impunha limites rigorosos ao programa nuclear iraniano, além de monitoramento internacional contínuo.

Consequências do abandono do acordo

Segundo o ex-negociador, a retirada dos EUA do JCPOA por Trump agravou a crise na região. “O erro foi abrir mão de uma diplomacia bem-sucedida que tinha o respaldo da comunidade internacional”, avalia. Desde então, o Irã retomou o enriquecimento de urânio em níveis que preocupam especialistas, e a instabilidade no Oriente Médio se intensificou.

Crises atuais e futuro da diplomacia nuclear

Enquanto relatórios conflitantes apontam para possíveis avanços ou retrocessos no programa nuclear iraniano, fica claro que a política de isolamento adotada por Trump não trouxe resultados duradouros. “A melhor estratégia ainda é fortalecer os mecanismos de monitoramento e buscar uma nova negociação que seja abrangente e negociada de boa fé”, conclui.

Especialistas reforçam que a retomada do diálogo, com consenso internacional, continua sendo o caminho mais eficaz para evitar uma crise nuclear na região. O ex-negociador enfatiza: “A diplomacia forte e multilateral é o único meio de garantir a estabilidade e segurança mundial.”

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