Brasil, 28 de junho de 2025
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Euro feminina 2023: 20% das jogadoras pertencem à comunidade LGBQTIAPN+

Estudo revela que 73 jogadoras da Euro feminina fazem parte da comunidade LGBQTIAPN+, destacando a diversidade no esporte.

Na próxima quarta-feira, 2 de julho, 16 seleções darão início à disputa pelo título da Euro feminina, na Suíça. A competição será palco para 368 atletas que representarão suas equipes em busca da taça. Um levantamento realizado pela Outsports, uma publicação especializada em gênero e sexualidade no âmbito esportivo, revelou que 73 dessas jogadoras, ou aproximadamente 19,8%, fazem parte da comunidade LGBQTIAPN+.

A diversidade em campo

O número de jogadoras LGBQTIAPN+ considera apenas aquelas que tornaram pública a sua orientação sexual, seja através de relacionamentos com outras mulheres ou por meio de posicionamentos em redes sociais e eventos públicos. O País de Gales lidera a lista com nove das 23 jogadoras integrantes da equipe, o que representa cerca de 39% do elenco.

Junho, conhecido mundialmente como o mês do Orgulho LGBQTIAPN+, teve celebrações marcantes no País de Gales, onde jogadoras como Jess Fishlock, Lily Woodham e Rachel Rowe participaram das comemorações. Em contrapartida, a pesquisa da Outsports destacou a Islândia como o único dos 16 países participantes que não conta com nenhuma representante LGBQTIAPN+ em sua equipe.

Casais em disputa: amor e competição

Além da diversidade individual, a Euro feminina também contará com diversos casais que competirão lado a lado ou em disputas diretas. Entre as duplas que atuam na mesma seleção, a Bélgica é representada por Laura Deloose e Tine de Caigny, enquanto as italianas Rachele Baldi e Giada Greggi formam outra parceria no campo. É importante notar que a legislação da Itália, assim como a da Polônia, também não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Um dos momentos mais esperados da competição será o encontro das dinamarquesas Pernille Harder e Madgdalena Eriksson, que se enfrentarão na estreia de suas seleções no Grupo C, marcada para 4 de julho. Outro confronto de destaque será entre a holandesa Vivianne Miedema e a inglesa Beth Mead, campeãs da Euro em 2017 e 2022, respectivamente, que se encontrarão na segunda rodada, pelo Grupo D.

Dentro de campo, Miedema e Mead já se enfrentaram nesta temporada. A atacante holandesa trocou o Arsenal, onde jogava ao lado da namorada, pelo Manchester City — e acabou testemunhando à distância a conquista da Champions League pelas Gunners. Por sua vez, Harder e Eriksson jogam juntas no Bayern de Munique, sendo campeãs da Bundesliga nas duas últimas temporadas.

Representatividade e liderança

Outras jogadoras que também apresentam conexões significativas no torneio são Jess Carter, da Inglaterra, e Ann-Katrin Berger, da Alemanha, além de Lisa Boattin, da Itália, e Linda Sembrant, da Suécia. O espírito inclusivo da competição se reflete até no comando técnico, com a treinadora Pia Sundhage, vencedora da Copa América com a seleção brasileira em 2022, e a técnica galesa Rhian Wilkinson, ambas representando a comunidade LGBQTIAPN+.

Esses dados refletem um cenário de crescente aceitação e inclusão no esporte, onde a diversidade de identidades e orientações sexuais está se tornando cada vez mais visível e celebrada. A Euro feminina não é apenas um torneio de futebol, mas também uma vitrine de representatividade e mudança no mundo esportivo.

Com o início da competição se aproximando, a expectativa é alta, não apenas pela busca pelo título, mas também pela beleza e a diversidade que as jogadoras trarão ao campeonato. A Euro feminina 2023 promete ser mais uma edição histórica, onde o envolvimento e a inclusão estarão em evidência, reforçando a importância do respeito e da aceitação no esporte.

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