Brasil, 27 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Varejo se prepara para impulso nas vendas de inverno com frio intenso

Com inverno sem El Niño ou La Niña, o frio forte promete aquecer o comércio de roupas, aquecedores e calçados nesta temporada

Sem a influência de fenômenos climáticos como El Niño ou La Niña, o frio chegou com força neste ano, impulsionando o varejo de moda, aquecedores e calçados. A indústria têxtil projeta vender 2,2 bilhões de peças nesta temporada, crescimento de 4% em relação ao ano passado, atingindo um faturamento superior a R$ 109 bilhões, alta de cerca de 7%.

Impacto do frio no comércio de moda e aquecedores

O aumento das temperaturas abaixo da média e a expectativa de frio que deve seguir até o fim de semana elevam as vendas, especialmente de roupas de inverno, como jaquetas, tricôs e moletons. Segundo João Souza, diretor comercial da C&A, o movimento já é percebido nas lojas físicas e no e-commerce, com aumento de cerca de 10% no fluxo de consumidores em relação ao verão.

Na Mondial, a expectativa é vender todo o estoque de aquecedores nos próximos 15 dias, já que a fabricação depende da compra antecipada de componentes e não há previsão de reposição antes da primavera. Jacques Ivo Krause, diretor do Grupo MK, afirma que, devido ao frio prolongado, as vendas de aquecedores, especialmente modelos por resistência, têm se destacado, embora o pico de compra seja em agosto.

Variações regionais e estratégias do setor

Nos estados com clima mais ameno, como o Rio de Janeiro, a procura por produtos leves, como moletons de tecido mais fino e roupas de linho, aumenta significativamente. Jorge Almeida, CEO do Brechó Peça Rara em Copacabana, relata aumento de 30% nas vendas em comparação ao verão, com produtos de maior valor agregado para frio.

Na região Sudeste, lojas como a Magia dos Pés em Copacabana também apostam na expectativa de boas vendas nos próximos meses, reforçando que o estoque está preparado para atender à demanda por calçados mais caros, como tênis e sapatos fechados.

Adaptação da indústria às mudanças climáticas e perspectivas futuras

Segundo Fernando Valente Pimentel, diretor da Abit, o setor vem se ajustando às mudanças climáticas, com coleções mais leves e versáteis, focadas na meia-estação. Apesar da melhora nos índices de emprego e aumento da renda, Pimentel destaca que o consumidor ainda enfrenta dificuldades como alto endividamento e inflação, o que limita o crescimento industrial.

O fortalecimento do comércio de inverno também é reflexo do aumento do fluxo de consumidores, que chega a 60% a mais durante o frio, segundo dados de redes varejistas como a South & Co, em Copacabana. O mercado de calçados deve manter o patamar do ano passado, com cerca de 280 milhões de pares vendidos no inverno, representando 30% do total anual.

Perspectivas de vendas e desafios do setor

Especialistas afirmam que o cenário é de expectativa melhorada, mas ainda há desafios, como o aumento das importações, especialmente devido às restrições comerciais entre Estados Unidos e China, que impactam o comércio brasileiro. Ainda assim, o setor de moda e calçados aposta na continuidade do frio intenso para impulsionar as vendas até agosto, quando o interesse tende a diminuir.

Este período de frio prolongado assegura o escoamento de estoques, especialmente de produtos mais caros, e promete aliviar os prejuízos acumulados por invernos anteriores mais amenos, além de fortalecer a expectativa de retomada econômica no setor.

Para mais detalhes, acesse a matéria na Fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes