Durante entrevista ao programa Meet the Press, o vice-presidente JD Vance discutiu os recentes ataques dos Estados Unidos a sites nucleares no Irã, gerando repercussão negativa. Perguntado se a ação representava uma declaração formal de guerra, Vance afirmou: “Não estamos em guerra com o Irã. Estamos em guerra com o programa nuclear iraniano.”
Declarações controversas sobre os ataques e o estado de guerra
Vance alegou ainda que os ataques “destroçaram o programa nuclear Iraniano,” embora especialistas ressaltem que há evidências de danos limitados às instalações — e o programa nuclear do Irã, na prática, permanece ativo (NPR).
Ao tentar tranquilizar a população, disse que o objetivo “é a paz, sem nuclear”, apesar de o Irã sustentar não possuir armas nucleares (BBC). A fala do político, contudo, trouxe mais dúvidas do que certezas, principalmente por sua confusão ao explicar quando Trump autorizou os ataques.
Dúvidas sobre a tomada de decisão
Questionado sobre o exato momento da decisão presidencial, Vance hesitou: “Não sei se alguém sabia exatamente quando o presidente tomou a decisão, exceto ele próprio.” E acrescentou: “A decisão final foi tomada na noite passada.”
Ao ser questionado quanto à confiabilidade das declarações de Trump de que os alvos estavam “totalmente destruídos”, Vance respondeu que “está confiante de que o desenvolvimento de armas nucleares foi substancialmente atrasado,” embora não tenha detalhado a expressão “substancialmente”.
Política de não envolvimento militar e discurso confuso
Vance reforçou a intenção dos EUA de evitar uma guerra prolongada ou intervenção terrestre: “Não queremos guerra, não queremos mudança de regime.”
Em uma declaração enigmática, afirmou que “diferencia-se do passado, quando presidentes bobos nos conduziam a conflitos, porque agora temos um presidente que sabe defender os interesses nacionais.”
Reações e clima de insegurança
Enquanto isso, nas redes sociais de Donald Trump, comentários reforçando a falsa sensação de tranquilidade permeavam o ambiente digital. A fala de Vance, portanto, não passou de uma tentativa de acalmar os ânimos, mas apenas agravou a desconfiança pública.
Especialistas e analistas políticos criticaram duramente as declarações, descrevendo-as como fugazes, confusas e pouco esclarecedoras, além de questionar a própria legalidade das ações militares recentes (NBC News).
Para a sociedade americana e internacional, a preferência por discursos mais transparentes e embasados permanece como prioridade na condução de conflitos diplomáticos no cenário global.