Brasil, 27 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Suprema Corte limita ordens judiciais e facilita agenda de Trump

Decisão da Suprema Corte dos EUA reduz poder de tribunais inferiores de bloquear políticas, acelerando ações do governo Trump.

O presidente Donald Trump e a procuradora-geral Pam Bondi afirmaram nesta sexta-feira que a decisão da Suprema Corte que limita as ordens judiciais nacionais facilitará a implementação de suas políticas. A corte conservadora reduziu o poder de tribunais inferiores de bloquear ações do Executivo em todo o país, o que pode acelerar medidas controversas do governo.

Impulsionando a agenda de Trump com maior agilidade

Durante uma coletiva na Casa Branca, Trump comemorou a decisão, afirmando que agora poderá avançar com políticas que estavam sendo impedidas por ordens judiciais. “Graças a essa decisão, podemos rapidamente prosseguir com várias políticas que foram injustamente bloqueadas em todo o território”, declarou. Ele também criticou juízes federais que travaram suas ações, chamando-os de “radical esquerda absolutamente louca”.

Desde o início de seu mandato, Trump enfrentou obstáculos judiciais em iniciativas como o corte na presença federal, aceleramento da deportação e redefinição do reconhecimento da cidadania de nascidos nos EUA. A judicialização tinha sido uma barreira a esses esforços, especialmente na esfera do Executivo, enquanto o Congresso, controlado pelos republicanos, não tinha contestado ativamente sua ampliação de poderes.

Impacto na definição de cidadania e o futuro das ações presidenciais

Com a nova orientação da Suprema Corte, Trump pretende avançar com sua ordem executiva que busca reinterpretar quem é considerado cidadão americano ao nascer. A medida, assinada no primeiro dia de seu mandato, desafia um precedente de 1898, após a decisão histórica do Supremo que confirmou a cidadania universal por nascimento, baseada na 14ª Emenda da Constituição.

A decisão de sexta-feira indica que ordens judiciais não terão efeito nacional, valendo somente na jurisdição onde foram emitidas. Isso aumenta a possibilidade de diferentes critérios de cidadania a depender do estado onde a pessoa nasce. Em outubro, a Suprema Corte analisará uma questão mais ampla: se Trump possui competência para alterar a interpretação de 127 anos da Constituição sobre cidadania por nascimento.

Repercussões jurídicas e políticas

Segundo especialistas, a mudança pode impactar significativamente a política migratória e os direitos civis no país, além de criar um cenário de maior autonomia para o Executivo. A área jurídica debate se essa decisão abre caminho para ações mais contundentes contra políticas migratórias de Trump, especialmente a tentativa de restringir a cidadania por nascimento.

Já um forte crítica veio do líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, que classificou a decisão como “um passo aterrorizante rumo ao autoritarismo” e “uma ameaça grave à nossa democracia”.

Próximos passos e impactos futuros

A atenção agora se volta para o julgamento na Suprema Corte em outubro, que abordará a legalidade da nova interpretação da cidadania. Especialistas alertam que o resultado pode redefinir direitos básicos e o poder do governo federal de atuar em questões migratórias e de segurança.

Para o governo, a decisão representa um avanço na implementação de suas políticas, enquanto integrantes da oposição e defensores dos direitos civis alertam para riscos de discriminação e fragmentação do sistema de cidadania.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes